Mais um? Saiba o que está por trás do empréstimo de R$ 35 milhões feito pelo São Paulo
Reportagem buscou mais informações sobre a operação, aprovada pelo Conselho do clube em julho
O São Paulo aprovou um empréstimo de R$ 35 milhões junto ao banco BTG, que faz a operação financeira da Libra (Liga Brasileira de Clubes), no final do mês de julho. A informação foi divulgada inicialmente pelo portal 'UOL'.
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O Lance! consultou fontes do clube para entender melhor a operação e quais os impactos no orçamento do clube para este ano. O empréstimo, na verdade, trata-se de um recurso previsto pelo clube para gerar fluxo de caixa.
Estas operações são pré-aprovadas pelo orçamento do clube para a temporada. O planejamento financeiro prevê a possibilidade de adquirir pouco mais de R$ 140 milhões através destes empréstimos. Com relação ao valor obtido junto ao Banco BTG, as condições do empréstimo não foram reveladas.
Segundo levantamento do historiador Alexandre Giesbrecht, da página 'Anotações Tricolores', o clube já pegou mais de R$ 90 milhões em empréstimos apenas este ano (mais detalhes no fim da matéria).
Pessoas consultadas pela reportagem foram unânimes em afirmar que o objetivo destes empréstimos é gerar fluxo de caixa, ou seja, dar fôlego ao caixa do clube para honrar despesas do dia a dia. Entre os compromissos mais urgentes, estão valores referentes a direitos de imagem que estavam atrasados.
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Uma das fontes ainda afirmou que, mesmo com esta estratégia, de mudar o perfil da dívida do clube, a dívida total do clube tem diminuído, já que a amortização da dívida tem sido maior que os valores dos empréstimos.
Por mais que este processo seja reconhecido como uma estratégia para dar fôlego ao caixa tricolor, dentro do clube negam que estas operações sejam consideradas 'comuns', já que o clube só recorre a estes empréstimos em caso de necessidade.
Vale destacar também que, pelo fato de os empréstimos serem pré-aprovados pelo Conselho, não há relação alguma entre a operação recente, junto ao banco BTG, e as contratações recentes de James Rodríguez e Lucas Moura.
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Críticos à atual gestão alegam que estes empréstimos ferem o estatuto do São Paulo, usando como base o item T do artigo 58, que fala que 'qualquer contrato, provisório ou definitivo, de montante total igual ou superior a cinco mil contribuições associativas (exceto contratações de atletas e comissão técnica)' deve ser aprovado pelo Conselho Deliberativo antes de sua eficácia. Uma das fontes ouvidas pela reportagem afirmou que os empréstimos seguem todos os trâmites legais. O clube pede o empréstimo, o banco aprova e depois o conselho vota sua aprovação - ou não.
EMPRÉSTIMOS FEITOS PELO SÃO PAULO EM 2023:
(levantamento do historiador Alexandre Giesbrecht, do 'Anotações Tricolores')
> 20/03 - R$ 4 milhões (Banco Rendimento)
> 20/03 - R$ 6 milhões (Banco Rendimento)
> 20/03 - R$ 1,03 milhões (Banco Daycoval)
> 20/03 - R$ 22 milhões (Banco Tricury)
> 13/04 - R$ 10 milhões (Banco Daycoval)
> 13/03 - R$ 5 milhões (Banco Rendimento)
> 13/03 - R$ 2 milhões (Banco Rendimento)
> 06/06 - R$ 4,98 milhões (Banco Daycoval)
> 06/06 - R$ 5 milhões (Banco Rendimento)
> 24/07 - R$ 35 milhões (Banco BTG)