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Mais uma! Com apoio de ‘dono’ do Botafogo, empresa dos EUA se reaproxima e negocia retorno ao São Paulo

Ligado à marca, John Textor seria o responsável por levar Reebok a conversar para voltar ao Tricolor após 12 anos

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imagem cameraSão Paulo enfrenta o Grêmio em 2008, usando Reebok (Foto: Acervo LANCE!)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 11/06/2023
06:21
Atualizado em 10/06/2023
19:56

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Se quase fechou negócio com a New Balance e recebeu boa proposta da Castor, o São Paulo viu uma nova player surgir no horizonte para substituir a Adidas a partir do próximo ano. Na verdade, trata-se de uma velha conhecida da torcida: a Reebok, que vestiu o Tricolor entre 2006 e 2012, sendo tricampeã brasileira em 2006, 2007 e 2008.

E o responsável por demonstrar o interesse da estadunidense Reebok ao clube do Morumbi é um de seus representantes mais conhecidos no Brasil: John Textor, magnata que comprou a SAF do Botafogo.

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Textor tem negócios com Jamie Selter, CEO da Authentic Brands Group, proprietária da marca estadunidense.

De forma curiosa, Selter é acionista indireto do Botafogo. Isso porque o empresário canadense é sócio de Textor na Eagle Football Holdings, holding que é dona de 90% da SAF do Alvinegro. A empresa também detém uma participação minoritária do Crystal Palace (ING), além de 80% do Molenbeek (BEL) e uma parcela do Lyon (FRA).

Por meio da empresa Authentic Brands Group (ABG), Jamie Salter comprou a Reebok da Adidas em agosto do ano passado, por US$ 2,5 bilhões (aproximadamente R$ 12,2 bilhões). A empresa, que já foi líder de mercado nos anos 1990 nos EUA, volta oficialmente ao futebol justamente com o Botafogo, que deverá lançar as novas camisas para o segundo semestre deste ano.

O LANCE! apurou que o plano de Textor com seu sócio e amigo é ampliar mais a presença da Reebok no futebol brasileiro, não se limitando apenas ao time carioca. Outras equipes além do São Paulo receberam sondagem na última semana. O que pode prejudicar as negociações com o Tricolor.

Ter um player exclusivo no cenário nacional era um ponto desejado pelos dirigentes são-paulinos desde que houve a decisão de não renovar com a Adidas, ainda não tornada pública pelos cartolas. Isso porque há queixas tricolores de que a não-exclusividade acarreta dificuldades. Como as enfrentadas com a multinacional alemã quanto à diferença de valores pagos e tratamentos dados aos paulistas e ao Flamengo, por exemplo.

L! revelou que a gestão Julio Casares chegou a exigir o rompimento da New Balance com o Bragantino para que o acordo fosse homologado. Mas diante da falta de opções melhores (e cifras consideradas deveras interessante) até então, a condição acabou sendo descartada temporariamente.

CRISE COM A ADIDAS

O São Paulo discute a possibilidade levantada pela diretoria de rescindir unilateralmente de uma vez por todas o contrato com a Adidas, sua atual fornecedora de material esportivo, antes do término do vínculo, no final do ano.

L! apurou que a nova rusga entre as partes se dá pelas reclamações de lojistas e torcedores de encontrarem os novos uniformes de 2023 lançados pela multinacional alemã em tamanhos considerados especiais.

A rescisão antes do tempo poderia funcionar para impedir que a Adidas faça valer uma cláusula do seu acordo com o São Paulo que prevê a prioridade para igualar ou cobrir qualquer oferta que chegar ao clube para substituí-la. Mas a tendência é que a empresa alemã parece pouco disposta a manter a parceria .

À reportagem, fontes do meio publicitário e do comércio de material esportivo revelaram que o rompimento parece encaminhado para a produtora de roupas. Há discussões na fornecedora sobre redistribuição das peças lançadas neste ano. E que aguardam apenas a assinatura da minuta para decidir o que fazer.

É essa parte do processo que preocupa o Tricolor. Já havia a expectativa da atual gestão desde que assumiu de romper com a Adidas. Só não foi feito por conta das multas consideradas altas. Há a expectativa de que se chegue a um acordo com os alemães para que o rompimento seja amigável.

E como ficariam os uniformes do São Paulo? O acordo com New Balance, Reebok ou Castore seria anunciado imediatamente depois do rompimento com a Adidas. E uma das alternativas estudadas dentro do clube é o uso de uma marca própria enquanto os novos uniformes são produzidos. No caso, se aproveitaria para valorizar a marca SAO, criada por Casares quando diretor de marketing na década de 2000 e reativada recentemente, com o lançamento de uma loja oficial dentro do Morumbi.

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PARTES VIVEM RELAÇÃO DE AMOR E ÓDIO

São Paulo e Adidas, que iniciaram a parceria em 2018, vivem relações extremamente tumultuadas nos bastidores. Primeiro, o Tricolor reclama da diferença de valores pagos e tratamentos dados a ele e o Flamengo. Há queixas de que até Atlético-MG e Internacional seriam melhores servidos pela marca.

Além disso, episódios recentes escancaram o que torcedores e dirigentes chamam de descaso. Há muitas queixas pela forma como o vínculo foi acertado pela gestão de Carlos Augusto Barros e Silva, o Leco, antecessor de Casares. E também pelo fato de apenas o Flamengo ser tratado como 'marca global'.

Em dezembro do ano passado, o capítulo de desacordos entre as partes ganhou mais um capítulo, com os uniformes do clube usados na pré-temporada ainda exibindo a marca da Roku, fabricante de players de mídia on-line, cujo acordo venceu há três meses e não foi renovado.

A promessa era de que a situação deveria mudar no fim de janeiro, quando, enfim, o clube lançaria antecipadamente parte da sua nova coleção. Até agora, contudo, não houve fornecimento de novas camisas.

Em setembro do ano passado, o clube se viu refém da marca esportiva e taxou como 'descaso' o fato da terceira camisa são-paulina, que faz alusão ao agasalho usado pelo elenco campeão mundial de 1992, ter sumido das lojas após esgotado o primeiro lote.

Lançada em agosto, a peça esgotou em um fim de semana. E a reposição do lote de 3 mil unidades, prometida pelo Tricolor à torcida na ocasião em até 15 dias, demorou quase dois meses. Depois de arrecadar quase R$ 1 milhão no fim de semana de lançamento da camisa, a previsão do marketing são-paulino é que o clube deixou de arrecadar mais R$ 6 milhões com a peça por causa das listas de espera de clientes feitas por lojas.

No início de 2022, a rescisão chegou a ser estudada pelo jurídico tricolor, mas os valores da multa impediram o avanço do planejamento. O contrato entre as partes vai até o fim do ano que vem. A desavença é tamanha que o técnico Rogério Ceni entrou no 'fogo cruzado' ao usar roupas da Under Armour, antiga fornecedora são-paulina, no jogo contra o Juventude, em abril daquele ano, pela Copa do Brasil.

A última faísca ocorreu em março, quando torcedores, sócios e conselheiros reclamaram publicamente da Adidas ter ignorado o São Paulo em uma campanha que lançou uniformes inspirados em peças desenhadas nos anos 1990. O clube do Morumbi não apareceu no post que anuncia a coleção nas redes sociais, em que modelos vestem a camisa dos principais clubes e seleções atendidos pela multinacional alemã. E também não foi contemplado com uma camisa na coleção.

Entre selecionados e equipes europeias, somente três sul-americanos aparecem na campanha: Flamengo e a dupla argentina River Plate e Boca Juniors. Único tricampeão mundial do futebol brasileiro, o São Paulo foi completamente ignorado.

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