Marcos Guilherme pede liberação dos treinos e se despede do São Paulo
Emprestado pelo Atlético-PR somente até dia 30, meia-atacante não poderia jogar mais pelo Tricolor para poder atuar por outro clube neste Campeonato Brasileiro e deu 'até logo'
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A derrota por 3 a 1 para o Palmeiras, nesse sábado, foi, realmente, o último jogo de Marcos Guilherme pelo São Paulo. Emprestado pelo Atlético-PR até o dia 30, o meia-atacante atingiu o limite permitido no regulamento para poder defender outro clube no Campeonato Brasileiro e, por isso, pediu na manhã deste domingo para ser liberado dos treinamentos.
- Só tenho a agradecer ao São Paulo por todo o esforço que fez para que eu permanecesse, por tudo que vivi aqui, aos torcedores, dirigentes, funcionários. Realizei um sonho, e com certeza foi o período mais feliz da minha vida. Espero voltar a jogar aqui. Até logo - disse o, agora, ex-camisa 23 do Tricolor, e assumidamente são-paulino de coração.
O Atlético-PR já não fez valer o acordo verbal para que o jogador ficasse no São Paulo até o fim do ano, e o Tricolor não pagará os 3 milhões de euros (aproximadamente R$ 13 milhões) exigidos em contrato por 50% de seus direitos econômicos, fazendo só ofertas abaixo desse valor. Atlético-MG, Corinthians, Cruzeiro e Flamengo sondaram o meia-atacante de 22 anos, o que motivou sua saída do time atual antes do fim do contrato.
- Agradecemos pela dedicação e empenho do Marcos Guilherme enquanto jogador do São Paulo. É um grande profissional, e por isso fizemos todo o esforço para que permanecesse. Infelizmente, nesse momento não será possível, o Atlético tem outras caminhos para ele e não cedeu nas conversas. Desejamos sucesso a ele e as portas estarão sempre abertas - disse Raí, diretor executivo de futebol do São Paulo.
Marcos Guilherme chegou ao São Paulo em julho. Estreou no dia 29 daquele mês saindo do banco para fazer dois gols na vitória de virada por 4 a 3 sobre o Botafogo. Fez 49 partidas e marcou dez gols pelo clube, mas com uma sequência que entrou para a história do Tricolor, sendo o quinto jogador a participar de mais jogos consecutivos desde a estreia: 43 partidas seguidas entrando em campo, igualando Benê, em 1961.
O técnico Diego Aguirre não quis prejudicar o futuro do meia-atacante na temporada e já tinha avisado publicamente que o usaria apenas por seis partidas no Brasileiro enquanto não estivesse definida a sua permanência. Escalou-o como titular nas duas últimas rodadas (vitória por 3 a 2 sobre o Botafogo, na quarta-feira, e a derrota no Choque-Rei de sábado).
Nesse sábado, Ricardo Rocha, coordenador de futebol, disse que uma oferta havia sido feita na última semana, mas Marcos Guilherme afirmou desconhecer qualquer nova proposta ao Atlético-PR. Depois do jogo, Raí fez discurso apontando ainda ter esperança, mas o jogador, apesar de sempre ter dito que queria ficar e até ter chorado em entrevista falando da provável despedida, não demonstrava essa expectativa.
Uma conversa de Marcos Guilherme com a diretoria na manhã deste domingo, no CT da Barra Funda, pôs fim à sua passagem no clube. Ele já se despediu dos colegas e, nesta semana, volta para Curitiba para definir o seu futuro com o Atlético-PR, com quem ainda tem um ano e meio de contrato.
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