Um mês após afastamento, Cícero fica isolado e passa por problema pessoal no São Paulo
Meia treina separadamente de todos os atletas e tem pouco contato com profissionais do clube. Ele ficou uma semana longe dos treinos por conta de nascimento do filho
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Isolado e com o futuro indefinido. Este é o meia Cícero um mês após ser afastado do time profissional pela diretoria do São Paulo. A decisão foi consumada no dia 8 de agosto, após um treinamento comandado pelo técnico Dorival Júnior. Desde então, o jogador vive de incertezas e teve de superar um problema pessoal, que o afastou das atividades por uma semana.
Cícero foi afastado tendo feito dez jogos no Campeonato Brasileiro. Isso o impediu de se transferir para outra equipe da Série A, já que o limite é seis. A situação acabou minando as possibilidades de saída. Ele teve propostas de clubes de fora, mas os mercados não o atraíram. Preferiu ficar e acabou cada vez mais isolado.
O jogador de 33 anos treina em horários separados do grupo profissional. Se a atividade comandada por Dorival Júnior é à tarde, ele faz exercícios pela manhã. E vice-versa. Se há treinos em dois períodos, ele completa seu trabalho por volta das 11h30, quando o grupo principal já não está mais no gramado do CT da Barra Funda.
Os treinamentos têm sido físicos e solitários. O meia faz um trabalho diferente do que o grupo de atletas que não estão sendo utilizados, casos do lateral-direito Lucas Farias, o zagueiro Hugo Gomes, o volante Banguelê, e o atacante Gabriel Rodrigues, por exemplos. Esses fazem exercícios em campo reduzido, com uso de bola, em circuitos. Estão mais juntos, enquanto Cícero tem pouco contato com outros profissionais do clube, exceto os preparadores físicos e fisioterapeutas.
O jogador ainda teve de superar um problema pessoal. Na semana passada, ele foi liberado dos treinamentos para acompanhar o nascimento de um filho em parto prematuro. O São Paulo concedeu dispensa de sete dias para o jogador, que depois retornou normalmente às atividades.
Cícero comunicou à diretoria que, sem propostas que o agradem, ficará no clube pelo menos até o fim do ano. Seu contrato vence em dezembro de 2018. Ele foi uma contratação feita a pedido de Rogério Ceni e, depois da saída do técnico, a diretoria optou por afastá-lo. Os dirigentes não gostam da conduta do jogador e dizem que ele atrapalha o ambiente. O experiente atleta se disse surpreso com a postura e rebateu, alegando que nunca teve problema com nenhum companheiro.
Essa foi a segunda passagem de Cícero pelo São Paulo. Ele atuou no clube entre 2011 e 2012, e esteve na campanha do título da Copa Sul-Americana em 2012. Na época, também saiu antes do término de seu contrato, sem entender a decisão dos dirigentes.
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