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Mesada paga a ex-gerente aumenta pressão sobre Pinotti no São Paulo

Conselheiros cobram o diretor executivo de futebol, que deu dinheiro do próprio bolso a Alan Cimerman, demitido da gerência de marketing após esquema de desvios de ingressos

O diretor Vinicius Pinotti prometeu técnico nesta semana
imagem cameraVinicius Pinotti, diretor executivo de futebol do São Paulo (Foto: Érico Leonan / saopaulofc.net)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 27/09/2017
15:24
Atualizado em 27/09/2017
16:55

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Não é de hoje que o diretor executivo de futebol Vinicius Pinotti é questionado internamente no São Paulo. Dono do cargo mais cobiçado do clube, o empresário convive com críticas. E a pressão cresceu após a divulgação de que ele deu dinheiro a Alan Cimerman, ex-gerente de marketing demitido sob acusação de chefiar esquema de corrupção sobre ingressos de shows no Morumbi.

Conforme publicou o Portal UOL na terça-feira, Pinotti fez diversas transferências no valor de R$ 9.100 cada para Cimerman entre abril do ano passado e fevereiro deste ano - o ex-gerente foi demitido em agosto de 2017. A quantia paga pelo diretor a a Cimerman passaria dos R$ 100 mil, todos em nome da pessoa física de Pinotti e com a contrapartida de serviços de consultoria de marketing, justificativa das notas fiscais. 

Entre conselheiros, sua maioria da oposição, o fato só reforçou que Pinotti deveria ser responsabilizado pelo escândalo com Cimerman por ter sido ele a levar o profissional ao clube. O ex-gerente foi contratado no início de 2016, a pedido de Pinotti, então diretor de marketing. 

Na época, a chegada já ocorreu sob críticas, pelo fato de Cimerman ter sofrido com processos contra sua empresa por problemas na organização de eventos da Copa do Mundo de 2014 no Brasil. No total, 14 empresas o acionaram na Justiça. Agora, isso é usado como argumento para criticar Vinicius e afirmar que o problema poderia ter sido evitado. 

Com toda a polêmica, conselheiros têm exigido que o presidente Carlos Augusto de Barros e Silva tome uma atitude sobre o caso. Leia-se uma punição a Vinicius Pinotti. Ao mesmo tempo, um grupo de torcedores, que tem sido apoiado por conselheiros, criou abaixo-assinado na internet para um pedido de impeachment do mandatário. 

Vinicius Pinotti admite o pagamento a Alan Cimerman, mas alega que foram de caráter pessoal, para ajudar uma pessoa que passava por dificuldade financeira. Diz que nada tem a ver com o esquema de desvio de ingressos. De fato, não há nenhum indício que ligue as duas situações. 

A polêmica que culminou na demissão por justa causa do ex-gerente de marketing é sobre ingressos para shows da banda irlandesa U2 e do cantor Bruno Mars, que se apresentarão no Morumbi entre outubro e novembro. Cimerman teria desviado bilhetes de camarote para que fossem comercializados por uma empresa à parte, com a qual dividiria os lucros. Isso teria gerado um prejuízo de mais de R$ 1 milhão ao clube.  O caso ainda está sendo apurado pela polícia civil. 

Cimerman nega as acusações e sustenta que nunca cometeu nenhuma infração enquanto profissional do São Paulo, apesar de ter assinado a demissão por justa causa. Ele também diz que não houve nenhuma irregularidade nos pagamentos que recebeu de Vinicius Pinotti.

Alçado no cenário político do clube depois de emprestar o dinheiro para a contratação do argentino Ricardo Centurión no início de 2015, Pinotti atuou como diretor de marketing nas gestões de Carlos Miguel Aidar e Leco e, em abril deste ano, foi transferido para o cargo de diretor executivo de futebol, sendo o homem forte da pasta. 



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