O mesmo Inter da frustração: o recomeço de Ricardo no São Paulo
Em reestreia pelo Tricolor, técnico revê adversário da despedida, que deixou sentimento amargo. LANCE! relembra histórias da época da queda na semifinal da Libertadores-2010
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Seis anos depois, o destino colocou o Internacional de novo no caminho do São Paulo e de Ricardo Gomes. Neste domingo, no Beira-Rio, às 16h, o técnico reinicia sua trajetória no Tricolor justamente diante do adversário contra o qual finalizou sua passagem anterior. É o início de uma nova história, cuja esperança é de apagar o gostinho amargo que ficou da outra vez.
No dia 5 de agosto de 2010, Ricardo Gomes fez seu jogo de despedida do São Paulo sendo eliminado pelo Inter na semifinal da Copa Libertadores, com o Morumbi lotado. A vitória por 2 a 1 doeu como derrota e finalizou um período de bons resultados, mas também frustrações.
Depois de levar o time à melhor campanha na competição internacional desde 2006, Ricardo tinha esperança de permanecer no cargo. Tinha defensores na diretoria, como o ex-superintendente de esportes Marco Aurélio Cunha, atual diretor da Seleção feminina. Mas a cúpula do clube, como o ex-presidente Juvenal Juvêncio, morto no ano passado, e o atual Carlos Augusto de Barros e Silva, então vice de futebol, optaram pela não renovação de contrato. Não era o desfecho que o técnico esperava.
Para quem acompanhou de perto aquele período, a queda começou a se desenhar no jogo de ida, no Beira-Rio. Embora tenha perdido apenas por 1 a 0, o Tricolor não jogou nada. Apático, escapou de ser massacrado. Detalhe: o Colorado era comandado por Celso Roth, seu técnico atual. Sobrou história.
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Ricardo, porém, começou a provar da amargura no São Paulo um ano antes. As suspensões de Jean, Borges e Dagoberto na reta final do Brasileiro, quando era líder, foram uma facada em seu coração. O Flamengo acabou campeão e o treinador não engole o episódio até hoje.
Hora de recomeçar, Ricardo!
HISTÓRIAS DA ELIMINAÇÃO PARA O INTER EM 2010
Dagoberto vilão?
O São Paulo não jogou nada no Beira-Rio, mas nenhum jogador incomodou mais Ricardo Gomes do que Dagoberto, hoje no Vitória. O técnico se irritou com uma suposta displicência de seu atacante mais criativo. E não foi só ele. No vestiário, Rogério Ceni estava indignado, de acordo com testemunhas.
Perdeu a chance
Em 2010, o vencedor do duelo brasileiro na semifinal da Libertadores iria direto para o Mundial de Clubes. Isso porque o outro finalista foi o Chivas, do México, que, por não ser da Conmebol, não ganharia vaga. O Inter acabou campeão.
O choro de Oliveira
O principal reforço do São Paulo para as semifinais foi o atacante Ricardo Oliveira, que chegou por empréstimo pouco antes da disputa. Ele marcou o segundo gol na vitória no Morumbi, mas desabou após a eliminação. Em 2003, pelo Santos, e em 2006, pelo Tricolor, foi vice da competição. Chorou muito após o jogo.
Profeta se vai
A eliminação no Morumbi também marcou a despedida do volante Hernanes. Depois de muitos anos e títulos no Tricolor, ele foi vendido para a Lazio (ITA) e deixou o campo chorando muito.
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