Morumbi pulsa, e São Paulo se aproxima de algo grandioso

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Em uma quarta-feira que ficou para a história, o estádio do Morumbi transformou-se em um verdadeiro coração pulsante. Seja pelas luzes e pelo show de pirotecnia que antecederam os minutos iniciais da partida, ou pela energia das 62 mil pessoas presentes para acompanhar o São Paulo se classificando para a final da Copa do Brasil após 23 anos.

O clima era de ansiedade, nervosismo. Quem ouvisse as conversas dos torcedores no Morumbi escutaria sempre o mesmo: "Mal consegui dormir esta noite", diziam. O Tricolor de Dorival Júnior tinha uma única função: reverter a derrota sofrida na casa do Corinthians por 2 a 1.

Embora existisse o otimismo de jogar em casa, a ansiedade sempre permanece. Depois de se classificar para a semifinal eliminando o Palmeiras, daria a sorte de eliminar mais um rival? E assim foi.

Nessas horas, o futebol transcende barreiras. Logo no início do primeiro tempo, Wellington Rato abriu o placar. Se no final de semana passado ele foi contestado, buscou sua redenção. E para trazer um enredo ainda mais digno de um filme, o gol da classificação ficou por conta de Lucas Moura. Lucas, que retornou ao Morumbi após anos e foi justamente o protagonista da última grande conquista da equipe (sem contar o Paulista de 2021).

Lá em 2012, Lucas Moura recebeu a braçadeira de capitão das mãos de Rogério Ceni e ergueu a taça da Copa Sul-Americana. Porém, nesta quarta-feira (16), o próprio presidente do São Paulo confirmou que o feito contra o Corinthians teria tido um significado ainda maior. Ao final da partida, cerca de 62 mil pessoas entoavam o mesmo cântico: "Olê, olê, olê, olá, Lucas!".

O apito final deu voz à vitória que parecia impossível. Os gols foram celebrados não somente com abraços e pulos, mas também com olhares dirigidos ao céu noturno e aos torcedores que nunca deixaram de acreditar. Mais do que uma vitória, uma esperança. O São Paulo nunca conquistou o título da Copa do Brasil, mas com a postura que demonstrou contra um dos maiores rivais, deixou claro que é capaz de realizar grandes feitos ainda. Basta manter o ritmo e, assim como o Morumbi pulsou, pulsar ainda mais.