São Paulo mostra potencial para evoluir, mas Diniz terá muito a fazer
Tricolor conseguiu mostrar um desempenho satisfatório, mesmo com um dia de trabalho do novo treinador, que terá uma tarefa árdua para encaixar seu estilo de jogo
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O placar de 0 a 0 diante do Flamengo, no Maracanã, pode ser considerado bom para o São Paulo diante das condições com as quais o time se apresentou neste sábado. Após saída de Cuca e chegada de Diniz, que teve apenas um dia de trabalho, a equipe conseguiu segurar o líder do Brasileirão, quebrar uma sequência do rival como mandante e ainda voltar para casa com um ponto. Potencial para evoluir foi mostrado, mas o novo comandante terá dura tarefa.
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A opção por não fazer muitas alterações, manter Luan no meio-campo, e encher o time de "medalhões" para se cerca da experiência que eles têm a oferecer neste momento de mudança. E foi assim que os são-paulinos deram os primeiros sinais de alteração na maneira de jogar: marcação mais alta, mais adiantada, linhas mais compactas e paciência com a bola quando tiver a posse.
Claro que não foram poucos os erros e os desajustes, loucura seria se logo no primeiro jogo, com um dia de treino, o Tricolor apresentasse uma fluidez de jogo precisa e sem equívocos, mas mesmo assim esses pequenos toques da metodologia de Diniz foram suficientes para assustar e segurar o Flamengo, como já acontecia quando o treinador defendia o Fluminense.
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Até aqui, falamos da parte positiva, mas daqui para frente citaremos o outro lado da moeda, aquele que Diniz terá de trabalhar daqui para frente, como a adaptação de alguns jogadores ao jogo de toque, especialmente na transição. As saídas com Volpi, Bruno Alves e Arboleda precisam ser aperfeiçoadas antes de levadas a campo em partidas como a deste sábado. Embora os três tenham salvado o time e atuado de forma extremamente segura e consistente.
Outra coisa é a velocidade do meio-campo, que precisa ser mais rápido para desenvolver o estilo proposto por Diniz. Tchê Tchê, que atuou pelo lado esquerdo na segunda linha, provavelmente voltará ao meio quando outras formações forem testadas. Hernanes e Daniel Alves agregam qualidade e experiência, mas não a velocidade para a transição da defesa ao ataque.
Para que tudo isso funcione, há também a necessidade de um ou dois jogadores de velocidade no ataque. Contra o Flamengo, apenas Antony tinha essa característica, mas o jovem não vem em boa fase e tem pecado pelo excesso de individualismo, algo que certamente será ajustado por Diniz. Pablo ajudou no posicionamento da marcação alta, mas pouco fez ofensivamente. Sua participação será fundamental quando houver mais tempo de trabalho.
Além do potencial mostrado e das pílulas do "estilo Diniz" já adicionadas, vale citar a entrega dos jogadores até o apito final. Esses ingredientes juntos levaram o São Paulo a arrancar um empate importante e até certo ponto heroico no Maracanã. No entanto, todos os são-paulinos envolvidos sabem que o Brasileirão está aí e as próximas semanas precisam trazer algo diferente para que o clube siga na busca pelas primeiras posições na tabela.
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