Muricy já ‘prepara o terreno’ para saída de revelações no São Paulo, mas ídolo do ataque é tratado como inegociável
Pablo Maia, Nestor, Beraldo, Calleri, Luciano... o desmanche vai acontecer no Tricolor? É isso que o ex-treinador explicou
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O que soava como uma mera expectativa vai ganhando ares de definitivo no São Paulo: a saída de jogadores na abertura da nova janela de transferências, no próximo dia 3 de julho. E os contornos oficiais do que já soa como uma despedida de algumas peças do plantel veio de Muricy Ramalho, coordenador técnico do clube do Morumbi.
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Em entrevista ao canal 'Arnaldo e Tironi', o ex-treinador tricolor foi sincero. Expôs sua opinião sobre a situação, de que sim, para manter um grupo forte é necessário segurar seus jogadores. Mas por outro lado ponderou que reconhece a dificuldade em meio à crise financeira pela qual passa o clube. E pontuou seu exemplo com dois nomes que parecem com data marcada para serem vendidos: Beraldo e Pablo Maia.
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- Eu e o Dorival, a gente fala muito, eu sou o chato do negócio, tenho que ser o chato. Se a gente tem dificuldade pra contratar, não pode vender esses jogadores. E o presidente está fazendo o possível pra que não venda, pode ser ano que vem, mas não esse ano. O que a gente mais fala com o presidente…vai haver proposta, não tem jeito, os dois moleques (Beraldo e Pablo Maia) estão jogando muito.
- O Pablo cresceu muito, marca demais, está batendo em gol. O Beraldo também, estava sendo preparado, o Rogério (Ceni) o ajudou muito. Se vender, você pega o dinheiro e não dá pra contratar, o dinheiro vai pra outras contas. Eu sei que a parte financeira é um problema, mas você a recupera ganhando títulos, com os prêmios das competições. Eu respeito os caras que lidam com o dinheiro, mas vejo o meu lado e o do torcedor, que quer títulos. O problema financeiro é do São Paulo. O torcedor quer títulos. Se vender, as suas chances ficam menores. Agora, os clubes vão se reforçar na janela. Se você quer um time competitivo, não pode vender - destacou Muricy na entrevista.
O coordenador aponta como funcionam os bastidores. Em sua fala, se declara como o 'chato', que lembra constantemente a diretoria liderada por Julio Casares da importância de segurar os jovens. Pelo menos neste ano.
- Eu e o Dorival Júnior (técnico) falamos com o presidente (Casares). Eu sou o chato. Se temos dificuldades para contratar, não podemos vender. O presidente vai fazer o possível pra não vender agora. Pode ser ano que vem, mas agora não. Respeito muito os caras lá que mexem com dinheiro, mas tenho que ver meu lado, do torcedor, o torcedor do São Paulo quer título. E a gente tem que fazer de tudo pra dar o título pra eles. Você vendendo jogador diminui as suas chances. Agora os clubes vão tudo se reforçar, a gente está por dentro do assunto, vão vir tudo forte depois da janela. Você desfazer dos seus principais jogadores, você vai ter dificuldades.
- Sei que os clubes fazem aquele negócio de ‘tem que vender não sei quantos milhões. Só que se você vender não tem chance nenhuma de nada. O dinheiro entra, mas tem muitas contas pra pagar. Sei que eles têm lá o negócio da parte financeira, mas só se recupera ganhando título hoje em dia. Você ganha uma Copa do Brasil, quanto que é o prêmio? Você tem que jogar assim também, porque se levar tudo ao pé da letra e aí? Quem vai responder pelo negócio, pelo time? - completou Muricy.
Intocável mesmo, só um nome: Calleri. O argentino, dono do maior salário do atual elenco são-paulino, é visto como o principal ídolo e peça no esquema de Dorival, fundamental para as pretenções do clube na temporada. Com o camisa 9, especificamente, a ordem é sequer ouvir propostas, revelou o coordenador.
- De jeito nenhum, não tem acordo. Vi as notícias, mas como vou vender o Calleri? O maior ídolo do São Paulo, goleador, um líder positivo, profissional, um exemplo. É impensado. Não sei se haverá uma reviravolta, mas o pensamento é nem ouvir propostas, pois se ouvir você pode se coçar. Não há pensamento nenhum de vender - reiterou Muricy na entrevista.
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DESMANCHE TRICOLOR?
Quem pode deixar o Morumbi na janela de transferências
PABLO MAIA
O volante, promovido ano passado ao time principal, é a maior cria de Cotia no elenco, titular absoluto de Dorival e objeto de desejo por parte de clubes ingleses.
NESTOR
Uma das revelações da base há mais tempo no profissional, homem de confiança dos últimos três técnicos do clube, o meia recebeu sondagens do futebol turco.
BERALDO
Maior surpresa do ano, o zagueiro virou ídolo da torcida e titular absoluto da defesa. Com 19 anos, são esperadas propostas inglesas pelo seu futebol.
CALLERI
O argentino se viu envolvido em uma especulação envolvendo o Monterrey. Os mexicanos enviaram olheiros ao Morumbi para vê-lo jogar e sinalizaram que poderiam até pagar a multa rescisória para contratá-lo. Único nome que a diretoria se recusa publicamente a negociar.
NATHAN
O lateral-direito voltou ao Morumbi neste ano após empréstimo ao Coritiba, renovou o contrato, perdeu espaço, mas é desejado por clubes portugueses e espanhóis.
LUCIANO
Ídolo da torcida, o raçudo camisa 10 recebeu sondagem de clubes da Arábia Saudita e do México.
OREJUELA
Lateral-direito que custou caro e não engrenou com a camisa tricolor, o colombiano está sendo oferecido pelo clube.
FERRARESI
O zagueiro venezuelano, que começou o ano com status de titular absoluto, se contundiu, passou por cirurgia e depende do Grupo City para saber se o empréstimo, que vence no meio do ano, será prorrogado.
CAIO
Emprestado pelo Fluminense, o lateral/atacante vem se destacando e chamou a atenção de clubes europeus.
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