São Paulo não abre mão de ser competitivo, mas sofre para fazer gol
Tricolor continua chamando a atenção pela entrega, mas tem um problema a ser resolvido por Diego Aguirre: são só quatro gols em cinco jogos do returno
O São Paulo venceu o Bahia, voltou à liderança do Brasileirão (pelo menos até o jogo do Internacional) e orgulhou o seu torcedor mais uma vez pela entrega de seus jogadores, mas há ao menos um motivo para preocupação: o poder de fogo da equipe anda reduzido.
São apenas quatro gols marcados em cinco partidas do segundo turno: um contra o Paraná (1 a 1), um contra o Ceará (1 a 0), um contra o Fluminense (1 a 1), nenhum contra o Atlético-MG (derrota por 1 a 0) e um contra o Bahia (1 a 0).
- Lamentavelmente não estamos conseguindo fazer mais gols e ter a tranquilidade que todos queremos nos jogos. Trabalhamos muito nisso. Falamos que precisamos aproveitar mais as situações. Contra o Atlético tivemos muitas situações e não fizemos o gol. Temos que continuar trabalhando e melhorar - disse Diego Aguirre.
Ironicamente, o Tricolor não conseguiu marcar um gol na partida em que mais criou chances no returno, contra o Atlético-MG. Foi também o adversário mais forte que o time enfrentou no período. Contra os rivais mais qualificados, é preciso mais do que raça para vencer.
O treinador uruguaio, que tem acertado a mão em quase todas as suas escolhas, não foi feliz ao eleger Everton Felipe para substituir o suspenso Reinaldo contra o Bahia. O jovem recém-chegado do Sport foi pouco efetivo quando jogou aberto pela direita e menos ainda quando inverteu com Rojas e foi deslocado para a esquerda - isso não significa que ele tenha sido o único culpado pela falta de criatividade da equipe.
Se já é difícil jogar sem Everton, que ficou fora das últimas três partidas por lesão, fica ainda mais complicado armar a equipe sem Reinaldo, que é adiantado para a ponta esquerda para substituí-lo.
A opção mais lógica para o setor parecia ser Liziero, que ocupou aquele espaço no segundo tempo da partida contra o Galo e foi bem, mas foi Tréllez quem fez o São Paulo melhorar ao substituir Everton Felipe no início da etapa final. Muito intenso e absurdamente dedicado, o colombiano incomodou os defensores do Bahia e estava na área para puxar a marcação no lance do gol de Diego Souza, em uma das poucas chances claras que o time criou na partida.
O time também ganhou qualidade quando Liziero entrou no meio de campo e Hudson foi para a lateral, substituindo Régis. Essa configuração será repetida no domingo que vem, contra o Santos, na Vila Belmiro, se Bruno Peres não estiver recuperado de lesão para substituir o suspenso Régis. Everton também tem chance de voltar, um grande alento para quem precisa ser mais letal.