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São Paulo não encontra padrão e queda na Liberta é consequência

Técnico André Jardine não conseguiu ser fiel ao seu estilo de jogo ofensivo, fez algumas trocas na escalação e a equipe não conseguiu alcançar entrosamento 

São Paulo x Talleres Hernanes
imagem cameraHernanes, que deixou claro que gosta de jogar como meia, atuou como segundo volante diante do Talleres, no Morumbi (Luis Moura / WPP)
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São Paulo (SP)
Dia 14/02/2019
04:30
Atualizado em 14/02/2019
09:35

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A 19ª participação do São Paulo na Copa Libertadores durou pouco mais do que 180 minutos. Uma derrota, na Argentina, e um empate, no Morumbi, foram suficientes para derrubar o tricampeão continental na fase prévia do torneio. Repleto de ambições em 2019, o Tricolor foi eliminado de forma precoce por não ter um padrão de jogo definido.

Ciente do calendário apertado por conta da não classificação direta para a fase de grupos da Copa Libertadores, o São Paulo se apresentou para o início desta temporada no dia 3 de janeiro e, no dia seguinte, embarcou para os Estados Unidos, onde realizou a maior parte de sua pré-temporada.

Concentrado na Flórida, o Tricolor treinou a maior parte do tempo em dois períodos e fez dois amistosos, sendo derrotado pelos alemães do Eintracht Frankfurt, por 2 a 1, e pelos holandeses do Ajax, por 4 a 2. Em ambas as partidas, o São Paulo atuou com dois volantes de ofício.

De volta ao Brasil, o discurso era se preparar bem para a disputa da Copa Libertadores. Vieram as (únicas) convincentes vitórias contra Mirassol (4 a 1) e Novorizontino (3 a 0), mas ainda sem um estilo muito bem definido de jogo.

O técnico André Jardine falava em postura ofensiva, com variação de opções no ataque e marcação-pressão no campo do adversário. O conceito parecia ser exatamente o que o São Paulo precisava para voltar a se consolidar como força no cenário nacional. Até que veio o San-São, dia 27 de janeiro, e uma derrota incontestável para o Santos de Jorge Sampaoli, por 2 a 0.

De lá para cá, nada mais funcionou para a equipe do Morumbi. Jardine, que antes dava mostras de que aproveitaria os garotos da base, começou a mexer na estrutura do time e a não dar mais tanto espaço para a molecada. Os maus resultados vieram na mesma proporção da queda de competitividade do time.

No jogo contra o Talleres, em Córdoba, a ideia de jogo ofensivo com jovens promissores da base deu lugar a uma escalação repleta de medalhões. Era a primeira vez que o São Paulo entrava em campo com aquela escalação. O resultado foi vitória da equipe argentina, por 2 a 0. em uma partida que ficou marcada por uma péssima atuação tricolor no segundo tempo.

Tricampeão da Libertadores, o Tricolor veio para o jogo da volta, no Morumbi, com outra escalação diferente. Desta vez, com Helinho aberto pelas pontas e Hernanes de segundo volante. As mudanças não surtiram efeito e o empate sem gols no Morumbi culminou no maior vexame recente do São Paulo.

Seguidas trocas na escalação, mudanças no esquema tático, indefinição dos titulares e, claro, o calendário apertado do futebol brasileiro foram determinantes para a queda tricolor. Ainda há tempo de consertar os erros e voltar a ser competitivo. Para isto, no entanto, o clube precisa ser mais firme em suas ideias e aplicar um estilo de jogo que considera ideal.

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