Novo ‘meia’ e passagem da faixa: Hudson explica mudanças para 2019
Volante explica como está se adaptando ao posicionamento solicitado por Jardine, que quer vê-lo mais perto da área, e conta por que passou a braçadeira de capitão para Hernanes
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A faixa de capitão do São Paulo estará no braço de Hudson na partida contra o Mirassol, no Pacaembu, às 19h30 deste sábado, mas tem outro dono desde a Florida Cup. Hernanes, que não foi inscrito a tempo de jogar a primeira rodada do Paulistão, a recebeu das mãos do próprio Hudson antes da partida contra o Eintracht Frankfurt (ALE), primeiro teste do Tricolor em 2019.
- Muitas pessoas colocaram como um gesto de humildade meu, mas eu não vi assim. Foi uma honra mesmo. Por tudo o que o Hernanes representa para a torcida, pela história como jogador, pelo currículo, pela idade mesmo... No plantel de hoje, não teria jogador melhor para carregar essa braçadeira. Foi uma coisa bem automática, sutil, nada forçado, pelo contrário. É uma visão que todo mundo tinha e eu teria que ter também - disse o camisa 25, em entrevista ao LANCE!.
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Essa não é a única mudança do volante para 2019. Antes dedicado quase integralmente a funções defensivas, Hudson tem sido instigado por André Jardine a virar um armador quando o São Paulo tem a bola. Já foi possível ver este novo posicionamento na Florida Cup, mas ele mesmo admite que ainda precisa evoluir.
- Ele mudou um pouco meu posicionamento, principalmente contra o Frankfurt. Fez um triângulo invertido no meio de campo, com o Jucilei na cabeça de área e o Hernanes e eu como meias de ligação. Isso na fase ofensiva. Na fase defensiva é claro que eu tenho uma responsabilidade maior de marcar do que o Hernanes, tenho que descer para a linha e ajudar o Jucilei. É uma posição que, na parte ofensiva, me aproxima mais dos atacantes, da área. É uma questão que ele trabalha muito, de estar com dois meias chegando - explicou ele, que terá Liziero e Nenê como maiores concorrentes por esta vaga.
- É uma posição nova para mim, não tinha jogado ainda. É um modelo de jogo moderno esse triângulo invertido. Na Europa se faz muito isso e o André Jardine tem espelhos no futebol europeu, como o Liverpool, o City... É uma posição que é muito importante para a equipe. Para mim é novo, estou me adaptando ainda. A forma de receber a bola, a forma de me posicionar... Às vezes vou estar posicionado entre um zagueiro e um volante, algo completamente novo para mim. Aos poucos vou me adaptando.
Tirando Hernanes, que soma 244 partidas, Hudson é o atleta do elenco que mais vezes defendeu a camisa do São Paulo: 166 vezes, com quatro gols. Ele chegou ao clube em 2014 e sabe muito bem o peso do atual jejum de títulos do clube, que não ganha nada desde a Copa Sul-Americana de 2012. Por isso, nada de priorizar competições em 2019.
- O São Paulo tem vários pontos de pressão, seja por carência de títulos, seja por ter investido em contratações, seja por ter dado aquela esperança para a torcida no ano passado e decepcionado no fim... São vários fatores. O Campeonato Paulista é muito difícil, as equipes do interior sempre criam muita dificuldade, e o pensamento do São Paulo é fazer a melhor campanha possível. O título é consequência do trabalho. Não estamos em momento de priorizar nada. Tudo bem que a Libertadores é muito importante, mas temos que jogar cada partida do Paulista como se fosse uma decisão para lá na frente colher os frutos.
Veja outros assuntos abordados por Hudson:
TRICOLOR MANDANDO JOGOS NO PACAEMBU
O Pacaembu eu gosto muito, acredito que seja o melhor gramado do Brasil. A torcida, se comparecer, pode fazer uma pressão até um pouco maior do que no Morumbi, por ficar mais próxima do campo. Temos que usar o que temos a nosso favor, ter o domínio do jogo, criar alternativas para vencer e estrear muito bem.
LIZIERO E LUAN COMO CONCORRENTES
São jogadores de extrema qualidade, apesar de novos. Já jogaram e já mostraram personalidade. É uma disputa sadia, que faz quem está jogando e quem não está buscar sempre o melhor. Isso só tem a fazer com que o grupo cresça, que os jogadores evoluam e subam o nível.
PRÉ-TEMPORADA
Estou me sentindo bem. Foi uma pré-temporada sem dores, diferente da do ano passado, quando tive problemas musculares. Essa foi bem tranquila. Claro que o tempo foi curto, mas me adaptei mais rápido. Já conhecia a comissão técnica, o trabalho do Jardine, o que facilita. A chegada do Carlinhos (Neves) nos ajudou muito também.
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