Números pioram com Diniz; veja o que o São Paulo pensa para 2020
Time está na mesma sexta posição de quando o treinador assumiu, mas com aproveitamento e rendimento piores. Diretoria reluta em começar novo trabalho do zero
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O São Paulo tem números piores com Fernando Diniz no Brasileirão do que antes da chegada dele. O time não vence há quatro jogos - derrotas em casa para Fluminense e Athletico-PR e empates fora com Santos e Ceará - e tentará se recuperar contra o Vasco, às 20h30 de quinta-feira, no Morumbi.
Diniz acumula cinco vitórias, quatro empates e quatro derrotas em 13 partidas, com aproveitamento de 48,7% dos pontos. Nas 21 rodadas rodadas anteriores, sob o comando de Cuca, o time somou nove vitórias, oito empates e as mesmas quatro derrotas (55,5% de aproveitamento).
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Se computados os jogos por Paulistão e Copa do Brasil, o aproveitamento de Cuca é pior que o de Diniz: 47,4% (nove vitórias, dez empates e sete derrotas).
Outros números pioraram com o atual treinador no Brasileirão: a defesa sofre mais gols, o ataque marca menos gols e o aproveitamento como visitante despencou. O que melhorou foi o aproveitamento como mandante:
COMO VISITANTE:
Cuca: 56,7% (cinco vitórias, dois empates e três derrotas)
Diniz: 33,3% (uma vitória, quatro empates e duas derrotas)
COMO MANDANTE:
Cuca: 54,5% (quatro vitórias, seis empates e uma derrota)
Diniz: 66,6% (quatro vitórias e duas derrotas)
ATAQUE:
Cuca: 1,09 gol/jogo (23 gols em 21 jogos)
Diniz: 0,8 gol/jogo (11 gols em 13 jogos)
DEFESA:
Cuca: 0,71 gol/jogo (15 gols sofridos em 21 jogos)
Diniz: 0,76 gol/jogo (10 gols sofridos em 13 jogos)
A quatro rodadas do fim do Brasileirão, o São Paulo está em sexto lugar, exatamente onde estava quando Cuca pediu para sair e Diniz assumiu. A distância para o último integrante do G4 aumentou de três para cinco pontos, mas agora para ir direto à fase de grupos da próxima Libertadores basta manter-se no G6 - Flamengo e Athletico-PR já asseguraram suas vagas por outros meios.
Diniz 2020?
Apesar dos números ruins, a diretoria do São Paulo trabalha neste momento com o nome de Fernando Diniz para 2020. Raí, diretor de futebol do clube, acha que não seria o ideal iniciar um trabalho do zero novamente, sendo que o Tricolor foi comandado por quatro treinadores diferentes ao longo desta frustrante temporada (Jardine, Mancini, Cuca e Diniz). Em entrevista ao site da ESPN na semana passada, o presidente Leco afirmou que está satisfeito com o trabalho e que a ideia é mantê-lo.
Também pesa a favor de Diniz a boa relação com as lideranças do elenco, que sugeriram sua contratação à diretoria quando o mais provável era a efetivação de Vagner Mancini, coordenador-técnico que acabou pedindo demissão por causa desse episódio. Vale lembrar que Daniel Alves disse, logo após a saída de Cuca, que "Diniz veio dar este 'upzinho'. Mais posicionamento, organização tática e personalidade. Planta um pouco da modernidade".
Não é possível, no entanto, afirmar que será ele o técnico do Tricolor na pré-temporada. Além dos resultados ruins e do rendimento fraco do time, não se sabe se Raí estará à frente do departamento de futebol (tem contrato somente até dezembro) e nomes bem avaliados no clube possivelmente estarão disponíveis no mercado, casos de Jorge Sampaoli e Juan Carlos Osorio.
Sampaoli tem contrato com o Santos até o fim de 2020, mas a partir de janeiro não será preciso pagar a multa de R$ 10 milhões para contratá-lo. A tendência é de saída, e o Racing (ARG) já manifestou interesse. Já Juan Carlos Osorio, que passou pelo clube em 2015 e deixou admiradores (Diego Lugano e o próprio Leco entre eles) sinalizou em entrevista no fim de semana que pode deixar o Atlético Nacional em dezembro e ficar livre no mercado.
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