O São Paulo dá suas últimas cartadas para segurar Militão, e sobe os valores na tentativa de renovação do contrato, que acaba em 11 de janeiro. Já foi enviada aos representantes do jogador, nos últimos dias, uma ampliação do vínculo por três temporadas, em um pacote que renderia R$ 15 milhões. Mas ainda não chegou nenhuma resposta.
Diretor executivo de futebol do Tricolor, Raí definiu a prorrogação do contrato do jogador de 20 anos como uma de suas prioridades desde que assumiu o cargo, em dezembro, e não quer perdê-lo de graça. Mas, apesar da valorização econômica proposta, o clima é de pessimismo - em julho, ele já pode acertar pré-contrato com outra equipe para sair de graça.
O pacote oferecido a Militão é para receber R$ 15 milhões nos próximos três anos de contrato, somando salários e luvas da negociação. Os dirigentes se mostraram abertos a usar outros trunfos, como não estipular uma multa de rescisão alta demais para saída a grandes clubes europeus e oferecer parte dos direitos econômicos.
Mas o estafe de Militão tem optado por nem avançar nas conversas. Não houve resposta a essa mais recente oferta de renovação. Embora nenhuma proposta oficial tenha chegado às mãos do clube, os responsáveis por sua carreira sinalizam que já existe algo bem evoluído para a saída do atual camisa 13 do Tricolor para a Europa. Nem a indicação de Raí de que não dificultaria a negociação parece fazê-los mudar de ideia.
Por outro lado, o jogador recebe elogios por seu desempenho dentro de campo, mesmo diante da dificuldade de renovação nos bastidores. Militão está no São Paulo desde os 13 anos de idade e tem relatado a amigos que considera justo gerar lucro ao clube. Por outro lado, essa disposição acaba o aproximando de uma saída em breve.
Ainda em 2017, primeira temporada de Militão com o time principal, iniciaram-se comentários no clube de que o jogador não renovaria por estar animado a jogar na Itália, de onde vieram sondagens. Desde então, a imprensa europeia noticiou ainda que o Porto, de Portugal, e o Manchester City, da Inglaterra, se interessam por ele. Ao mesmo tempo, Vinicius Pinotti, antecessor de Raí no comando do departamento de futebol, já encontrava dificuldades para renovar.
O cenário expõe que o São Paulo precisa estar aberto a propostas já na próxima janela europeia, no meio do ano, para lucrar com o jogador. Por isso, o clima de pessimismo em relação à sua permanência. Enquanto isso, dentro de campo, Militão se recuperou de incômodo muscular na coxa esquerda, voltou a treinar com o elenco nesta sexta-feira e pode voltar a ficar à disposição do técnico Diego Aguirre para enfrentar o Bahia, neste domingo, em Salvador.