OPINIÃO: ‘São Paulo 2022 versão 2.0’ evidencia falta de padrão de Ceni e encaminha desespero na pressão por vitórias
Tricolor segue alternando esquemas, táticas, funções e acumulando derrotas
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O São Paulo perdeu para o Botafogo com um gol de cabeça no final do jogo na estreia no Campeonato Brasileiro. E elenco e comissão técnica deixaram o Engenhão falando que o clube fez uma das melhores partidas do ano.
Até aí, nada contra. De fato o Tricolor teve uma postura ofensiva no segundo tempo de sua viagem carioca, que esbarrou na boa atuação do goleiro Lucas Perri. Mas precisamos alertar Rogério Ceni e companhia de alguns detalhes.
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Primeiro: as chances são-paulinas não foram tão claras. Pode-se criar uma narrativa de pressão total dos paulistão no Engenhão. Mas ela cai por terra quando vemos os melhores momentos.
E aí entramos na segunda. O São Paulo de fato manteve a posse de bola, com Michel Araujo (que grata surpresa) na meia, a articulação cuja ausência foi cantada em verso e prosa apareceu. E tocou, tocou, avançou... E deu o contra-ataque.
O ponto de equilíbrio é exatamente esse. Qual o objetivo do São Paulo no Brasileirão? Título? Com esse time não dá. Libertadores? Podemos sonhar. Rebaixamento? Muito mais plausível...
E o cenário é esse: falta padrão para o Tricolor diante da falta de metas estipuladas.
Senão vejamos... Após ser eliminado pelo Água Santa no Campeonato Paulista, o diagnóstico foi de que a defesa estava muito exposta. E tratou-se de passar um mês treinando com três zagueiros. Assim o clube venceu o Tigre, assim o clube foi elogiado, inclusive por nós nesse espaço.
Mas bastaram 45 minutos de inutilidade contra o Ituano para Ceni mudar de ideia. Luciano voltou, o 4-2-4 idem. Pouco mudou.
Sábado idem. Sem Beraldo (ignoremos aqui os treinamentos com Pablo Maia e Nathan na linha defensiva), o 4-3-3 ressurgiu. Como em 2022. Mas faltam peças como Reinaldo e Patrick, que davam sustentação para que Nestor pudesse se arriscar na armação, que Luciano passasse o tempo flutuando na linha atrás da área.
O 1 a 1 estava no placar quando o treinador sentiu que poderia ganhar. Meteu Rafinha na função de zagueiro improvisado, voltou o 3-4-3 com David para impulsionar o ataque. E deixar a defesa desguarnecida.
Esse é o São Paulo de cobertor curto. Tapa os pés para deixar o peito descoberto. Arruma a posse de bola e a articulação para deixar a defesa exposta. O único padrão é a facilidade dos rivais em conseguir anular Ceni. E a toada segue sem novidades. Resta ao torcedor esperar que não haja desespero na pressão por vitórias. Ou as coisas, como já se mostraram, podem piorar ainda mais...
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