Por Brasileirão, São Paulo decidiu manter negociações por dupla do City mesmo ‘sem janela’ em copas
Bustos e Ferraresi chegam por empréstimo de um ano, com opção de compra, mas por enquanto só poderão atuar na principal competição nacional
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Por mais que o São Paulo tenha procurado o Grupo City no início de julho em busca da dupla de Nahuels - o atacante Bustos e o atacante Ferraresi -, o negócio só andou para valer na última semana. O problema é que nesse período fecharam-se os períodos de inscrições para a Copa do Brasil e, pelo menos para o duelo com o Ceará, nas quartas de final da Copa Sul-Americana. Mas qual o motivo para manter o negócio? A campanha mediana no Campeonato Brasileiro.
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O LANCE! apurou que uma reunião entre o técnico Rogério Ceni e o coordenador de futebol Muricy Ramalho com a diretoria foi fundamental para contrariar o primeiro passo dado, de rejeitar o negócio, até pelo desgaste que ele gerou no mês passado pela falta de resposta do conglomerado árabe ao Tricolor.
No entendimento da gestão do futebol tricolor, contudo, não será necessariamente um problema contar com Bustos e Ferraresi apenas para o Brasileirão. Isso por conta do cenário que se desenhou para o São Paulo na competição.
Depois que a prioridade do clube virou de vez para as Copas, o Tricolor ruiu no Brasileirão. Já são cinco partidas seguidas sem vitória, com o recorde de 11 empates em 20 jogos disputados. As cinco vitórias somadas na mesma quantidade de partidas é o mais baixo índice da história dos pontos corridos, ao lado das edições de 2005 (ano em que a prioridade no primeiro turno foi a Copa Libertadores, ganha) e 2013.
Com o tropeço no fim de semana para o Athletico, quando atuou com um time misto, o São Paulo acumula apenas quatro vitórias em seus últimos 18 jogos como visitante (três pela Copa Sul-Americana e uma pelo Brasileiro), tendo ficado sem sofrer gols apenas duas vezes: nos empates por 0 a 0 com o Everton, do Chile, e com o Atlético-MG.
Já nas últimas 21 partidas fora de casa pelo Brasileirão, o retrospecto é ainda pior, com somente duas vitórias (Palmeiras, em novembro, e
Atlético-GO, há pouco menos de um mês). A defesa só não foi vazada por três vezes: nos empates por 0 a 0 com Cuiabá e Atlético-MG e na vitória por 2 a 0 sobre o Palmeiras.
- Nós temos que melhorar nosso nível de jogo em todas as competições, não só no Campeonato Brasileiro. Mas eu sempre falo que o Brasileiro é um campeonato perigoso. É que os caminhos que nós tivemos (nos mata-matas), com os adversários e os sorteios de confrontos, não nos deixaram estar com toda a força no Campeonato Brasileiro. Na minha cabeça, a programação era uma, mas, quando saíram os confrontos… se você cai contra o Palmeiras em um sorteio, você não pode abrir mão - disse Ceni, que completou.
- Nós vemos a Sul-Americana como possibilidade, mesmo com muita dificuldade de enfrentar o Ceará. É sempre a busca por um título: você não quer abrir mão. Mas não se consegue. Nós tivemos uma sequência de quatro jogos em dez dias e vamos ter agora novamente uma sequência de quatro jogos em dez dias. Se você não rodar o elenco… [mas] repito: não foi pela rodagem do elenco que nós não vencemos o jogo. Foi pelos nossos próprios erros.
Trocando em miúdos, Bustos e Ferraresi entrariam para jogar no Brasileirão. E assim aliviar um pouco a carga sobre as crias de Cotia. Com o Tricolor a apenas seis pontos da zona de rebaixamento e uma sequência complicada, que já começa com o confronto ante o Flamengo no sábado (6), no Morumbi, rodar o elenco se torna essencial, sem que para isso os meninos sejam jogados à fogueira.
Um estudo feito pelo analista Euler Victor aponta que o São Paulo é o clube que mais utilizou as categorias de base em jogos do Campeonato Brasileiro no primeiro turno. Os critérios para definir tais atletas são a idade, o período na base do time, o momento em que chegou na agremiação e a continuidade na disputa nacional. Com um elenco de 42 jogadores, o Tricolor tem uma média de idade de 23,6 anos e já concedeu 6.682 minutos a jogadores da base. O segundo colocado é o Corinthians, com 4.252 minutos cedidos.
Ao todo, no ano, Ceni já escalou pela primeira vez 11 atletas vindos da base: Thiago Couto, Moreira, Luizão, Beraldo, Patryck, Léo Silva, Pablo Maia, Palmberg, Rodriguinho, Maioli e Caio.
A necessidade criou a oportunidade. Mas Ceni, Muricy e outros do futebol são-paulino sabem: a paciência da torcida com os jovens pode não durar se as coisas não melhorarem no Brasileirão.
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