Patrick relembra começo complicado no São Paulo, mas reconhece ‘renascimento’ e importância
Jogador foi bastante criticado no começo da temporada por conta de sua forma física, mas hoje é visto como uma das peças de maior destaque de Rogério Ceni
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Se Patrick não agradou no começo de temporada aos olhos dos torcedores do São Paulo, hoje o cenário é completamente outro. Do ‘lixo ao luxo’, o camisa 88 se reergueu com o passar dos meses no Tricolor e hoje é uma peça fundamental para o elenco de Rogério Ceni, com as chances de mais uma vez decidir uma partida importantíssima para a equipe.
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O Pantera Negra foi anunciado em janeiro deste ano como o quarto reforço do time. Ele chegou com status de importante contratação após boa passagem pelo Internacional, onde na última temporada disputou 48 jogos, com cinco gols e cinco assistências. Os números de 2022 não só superaram sua marca no Colorado, como já são vistos como os melhores de toda a sua carreira. Somente neste ano, já foram oito gols marcados e seis assistências, com 44 partidas disputadas.
Mas nem tudo foram flores. Os primeiros momentos do camisa 88 no São Paulo não soaram do jeito que foi esperado. Mesmo que atualmente esteja presente na maior parte dos confrontos do Tricolor - mesmo que comece como reserva, consegue uma boa minutagem - , no início da temporada sequer chegou a entrar em campo em diversos jogos. Em março, por exemplo, chegou a ficar três confrontos consecutivos no banco de reservas, algo que nunca mais aconteceu.
As críticas eram das mais variadas. Diziam tanto sobre seu desempenho quanto até mesmo sua forma física, uma vez que diversos torcedores alegavam que Patrick ‘estava fora de forma’.
O desencanto chegou em maio, quando marcou seu primeiro gol pelo clube contra o Jorge Wilstermann, ainda na fase de grupos da Copa Sul-Americana. Desde então, começou a conquistar cada vez mais espaço no elenco de Rogério Ceni. Neste jogo em questão, chegou até a ironizar e rebater as críticas que estava recebendo dos torcedores.
– Esse lance da forma física é engraçado. Como hoje joguei bem e fiz gol, não sou gordo. Amanhã, se o time jogar mal e eu for mal, sou gordo. Graças a Deus o que me conforta é que, quando chego no vestiário, meus números físicos são bons. Então, acho que ao longo dos anos tenho feito bons números - disse na ocasião.
Após a vitória contra o Ceará, no último domingo (18), Patrick falou sobre seu começo na equipe e sobre como soube se recuperar. O camisa 88 foi essencial para o gol de Calleri, que abriu o placar da partida.
- Acho que não tive um bom começo, mas consegui engrenar, ajudar, estou tentando aproveitar o máximo. É meu objetivo. A cada ano a gente procura fazer cada vez o melhor, sempre que possível dar o meu melhor para ajudar da melhor maneira e isso está acontecendo. Fico feliz. Espero tentar ajudar bastante - disse o jogador.
A presença de Patrick no confronto contra o Vozão foi essencial. Por ter ajudado Calleri a abrir o placar ainda no primeiro tempo, influenciou um feito que o Tricolor não conseguia há alguns jogos. O São Paulo enfrentava um jejum no Campeonato Brasileiro de quatro partidas sem vencer. Além disso, a má fase acompanhou a equipe por mais de dez rodadas. Em dez jogos, só havia conseguido uma vitória, contra o Red Bull Bragantino.
Assim, além da partida de domingo (18) ter rompido estes números, foi a segunda vez em nove jogos que o São Paulo conseguiu ser o responsável por abrir o placar e a segunda vez que a equipe não sofreu gols no primeiro tempo.
Muito do destaque de Patrick na equipe de Rogério Ceni diz respeito a sua polivalência. No esquema de três zagueiros, comumente adotado por Ceni, há uma lógica de ter um jogador mais móvel, mais de criação, e um mais de finalização. No caso citado anteriormente, isso é visto nos jogos que Patrick e Calleri dialogam juntos.
Algumas vezes, o treinador chega a optar até mesmo por um sistema de ataque formado por três jogadores. Neste caso, Patrick funciona como um 'segundo atacante', quase como se fosse um meia.
Desta forma, se torna importante também para um grande desafio que se aproxima do Tricolor. No dia 1 de outubro, daqui a pouco mais de duas semanas, o clube busca seu primeiro título internacional em dez anos. A equipe viaja à Córdoba, na Argentina, para enfrentar o Independiente Del Valle em partida válida pela final da Copa Sul-Americana. Patrick, por sua vez, foi uma peça decisiva para a equipe no continental.
No duelo contra o Atlético-GO, foi responsável pelos dois gols no tempo regular que empataram o placar agregado e permitiram que a decisão fosse para os pênaltis. Para a final, existem altas chances de marcar a história do clube.
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