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De pedido de bônus a decepção: Cueva vive pior fase no São Paulo

Elevado a líder técnico do time após bom semestre, meia peruano cai de produção depois de renovar contrato, tem problemas disciplinares e vira alvo de críticas no clube

Cueva atuou normalmente nessa quinta-feira
imagem cameraRubens Chiri / saopaulofc.net
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 30/08/2017
19:47
Atualizado em 31/08/2017
05:25

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Presidente do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva anunciou com pompa a renovação de contrato do meia Cueva, em fevereiro. Na época, o dirigente lançava campanha para se reeleger presidente e o meia era o principal líder técnico do time, tanto que, na negociação para estender o vínculo, pediu e recebeu uma cláusula que lhe garantiria um bônus financeiro caso fosse escolhido o craque do Campeonato Brasileiro 2017. Seis meses depois, o cenário é totalmente diferente. De xodó da torcida e da diretoria, o peruano caiu brutalmente de produção, teve atitudes consideradas indisciplinares e virou um dos alvos da torcida em meio à crise.

O bônus de Cueva no Brasileiro virou ilusão. Até o momento, o meia disputou 16 jogos e marcou apenas um gol, dando duas assistências. Desempenho muito abaixo do esperado para quem ganhou a camisa 10, recebeu gordo aumento salarial e teve o contrato prorrogado de junho de 2020 para junho de 2021, com aumento de multa rescisória para a casa de 30 milhões de euros.

Além dos números, a situação do peruano é mais complicada. Seu comportamento também virou motivo de críticas. Nesta janela de transferências, pediu para não ser relacionado para o clássico contra o Santos porque estava com a cabeça numa proposta que nunca chegou. A situação irritou dirigentes. Se não bastasse, a cúpula e a comissão técnica passaram a obter informações de condutas indisciplinares do jogador fora de campo.

Hábitos pouco saudáveis em meio a processo de recuperação de lesão foram entendido como um obstáculo para curar o problema antes. Cueva se lesionou enquanto esteve na seleção do Peru, em 29 de março, e voltou a jogar em 16 de abril, mas a impressão que ficou é que ele retornou pior fisicamente.

Outro exemplo foi após o empate por 1 a 1 contra o Avaí, em Florianópolis, quando o jogador foi para uma casa noturna ainda na capital catarinense, ao lado do zagueiro equatoriano Arboleda. O elenco estava de folga no dia seguinte, mas a conduta foi considerada imprópria tanto por companheiros quanto por profissionais do clube. Nesta semana, foi exibido na ESPN o programa Bola da Vez em que o argentino Lucas Pratto declarou que sempre fala aos jogadores para se preservarem de balada após uma derrota, na fase ruim. O programa foi gravado na semana passada.

No clássico contra o Palmeiras, no último domingo, o meia voltou a jogar mal, mas irritou ainda mais pela postura em campo. No segundo tempo, após tentar um passe de calcanhar perto da área, foi duramente repreendido pelo zagueiro Rodrigo Caio, que reclamou muito. O Tricolor foi derrotado por 4 a 2.

Depois do jogo, o técnico Dorival Júnior foi perguntado se Cueva estava fora de forma física e a resposta soou como um recado:

- Estamos em setembro, não dá para um jogador estar em má forma física neste momento.

O técnico também está insatisfeito com o camisa 10 e cobrou reação. Neste momento, a tendência é que ele retorne da seleção peruana, que disputa as Eliminatórias para a Copa de 2018, na reserva do garoto Lucas Fernandes, de 19 anos. É o famoso "quem te viu, quem te vê", que define a decadência do gringo que já foi decisivo para o time. Este ano, Cueva disputou 33 jogos, marcou oito gols e deu seis assistências, perdendo apenas para Luiz Araújo, hoje no Lille (FRA), com sete. Pelo Tricolor são 59 jogos e 15 gols.

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