Perseguido, Michel Bastos cita preocupação com o filho após vitória
Vítima de 'apitaço' da torcida mesmo com gol diante do Novorizontino, meia volta a desabafar e rebate críticas sobre relação com álcool. Ele diz que não é hora de sair
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Michel Bastos respirou aliviado ao marcar, de pênalti, o gol que abriu caminho para a vitória do São Paulo por 2 a 0 sobre o Novorizontino, nesta quarta-feira, no Pacaembu. No entanto, as críticas da torcida, que o fez de principal alvo em meio ao mau momento vivido pelo clube, ainda incomoda o jogador. Após o embate, Michel citou até o filho para rebater aqueles que o perseguem. Em protesto no último domingo, ele foi chamado de cachaceiro. Na nesta quarta, os críticos apitavam a cada toque dele na bola. Vale lembrar que a hostilidade parte, com mais força, da principal organizada do clube.
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- Falaram muita coisa sobe a minha pessoa. cobrar meu futebol tenho que respeitar, acatar. Mas surgiu muita coisa pessoal e eu tenho um filho de 9 anos, que vai para escola e os amiguinhos perguntam se o pai é isso, é aquilo. Isso dói. Eu não sou essa pessoa - afirmou Michel, para depois completar dizendo que ainda não é momento de pedir para sair.
- Tenho que seguir trabalhando, é aprendizado. Vou trabalhar mais e falar menos. Quando eu sentir que não tenho mais espaço dentro do São Paulo a gente senta e conversa, mas isso é mais uma barreira que eu tenho que passar. Eu tenho que trabalhar e não me abalar com tudo isso. A partir de hoje é esquecer - declarou o camisa 7.
O grito de cachaceiro entoado pela organizada no último domingo tem origem numa imagem do jogador que circula na internet na qual ele aparece segurando uma garrafa de cerveja. No último domingo, a uniformizada Independente levou ao Pacaembu um sósia do jogador, que passou todo o protesto segurando uma garrafa da mesma cerveja e mencionando os salários atrasados. No nome da camisa estava escrito "Migué", outra ironia ao camisa 7.
O jogador não atuou no último domingo, preservado pela comissão técnica, e voltou ao time nesta quarta, quando marcou o gol. Rapidamente, ele reuniu todo o grupo na comemoração e espera que tenha êxito para reverter a situação. Michel crê que ainda será aplaudido.
- Preciso ajudar minha equipe, trabalhar, fazer o que sempre fiz durante minha carreira. Acho que eu sinceramente estou tranquilo comigo mesmo, vou seguir trabalhando. Faz parte quando joga em grande clube haver cobranças. Não é momento de parar e pensar por que, o melhor a fazer é trabalhar, ajudar minha equipe e com certeza essa parte da torcida que hoje está vaiando amanhã vai aplaudir - disse o meia, que descartou a hipótese de ter ficado incomodado por perder a braçadeira de capitão para o goleiro Denis.
- O Denis está há muito tempo no clube, é respeitado pelo grupo. Ser capitão para mim não muda nada a respeito do que eu sou dentro do grupo. vou seguir na minha, sendo líder do grupo e incentivando. A faixa no braço não muda nada, vou seguir ajudando e trabalhando - explicou Michel.
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