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Por que o São Paulo contratou dois ‘desconhecidos’ de 30 anos? Entenda

Chegadas de lateral-esquerdo Edimar e meia Thomaz passaram por avaliação de Rogério Ceni com o departamento de scout do clube. Deficiências do elenco e baixo custo pesaram

Thomaz x Edimar foram contratados pelo São Paulo esta semana
imagem cameraMonategm - Thomaz x Edimar
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 30/03/2017
18:52
Atualizado em 31/03/2017
06:30

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Anunciados como reforços do São Paulo nesta semana, o lateral-esquerdo Edimar e o meia Thomaz também possuem a idade de 30 anos em comum. As coincidências seguem pelo histórico e popularidade dos jogadores entre os os são-paulinos: tanto Edimar quanto Thomaz rodaram por muitos clubes, a maioria de eixos modestos do Brasil e do exterior, o que justifica a falta de informações dos torcedores sobre eles. Mas então por que o clube resolveu apostar em jogadores com esse perfil?  Oportunidade, necessidades do elenco e adequação ao quadro financeiro do clube estão entre as respostas.

BAIXO CUSTO
A dupla chegou dentro da chamada realidade financeira do clube. Foram baratos. Edimar foi emprestado sem custos pelo Cruzeiro até o fim do ano. Cabe ao Tricolor arcar com os salários, que são considerados abaixo da média do clube. Já Thomaz veio por 80 mil dólares (cerca de R$ 250 mil), valor da multa rescisória para tirá-lo do Jorge Wilstermann (BOL). Assinou por três anos, com salário de aproximadamente R$ 50 mil mensais..

CARÊNCIAS DO ELENCO E ANÁLISE DE DESEMPENHO
Rogério Ceni contava com apenas um lateral-esquerdo no elenco: Júnior Tavares. A lacuna fez a comissão técnica e o departamento de análise de desempenho mapearem jogadores da posição. Além da oportunidade de um negócio barato, chegou-se ao nome de Edimar pelas suas características. Ao contrário de Júnior, cujo forte é a chegada ao ataque, o ex-cruzeirense é mais defensivo. Pelos oitos anos na Europa, adquiriu consciência tática vista como importante neste momento no elenco. Por exemplo, quando Bruno atuar pela direita. O lateral-direito é mais agudo e o lado esquerdo pode ficar mais resguardado com Edimar, na visão da comissão técnica.

Com Thomaz, algo semelhante. A ideia era encontrar alguém com características parecidas com as de Cueva. Na análise feita pela equipe de scout, pesou pouco os números frios do jogador que vem da Bolívia. Ou seja, é importante saber se faz gols ou dá assistências, mas foi levado em conta desde o modo como joga o Wilstermann aos estádios precários bolivianos. Quando jogou em bons palcos, como contra o Palmeiras, no Allianz Parque, o meia agradou. A comissão e o scout levaram mais em conta os jogos pela Sul-Americana do ano passado, quando perceberam destaque no jogador, do que a participação no campeonato boliviano, onde até a busca por números e desempenho é escassa. 

IMEDIATISMO
Tanto Edimar quanto Thomaz chegam prontos para serem utilizados. Era uma exigência da comissão técnica para trazer reforços, já que o São Paulo entra agora na fase de decisões no Campeonato Paulista, Copa Sul-Americana e Copa do Brasil. Registrada no BID da CBF, a dupla já está livre para ser utilizada por Rogério Ceni. Serão inscritos no Paulista e devem ficar no banco domingo contra o Linense no Morumbi pelo jogo de ida das quartas de final do Estadual. 

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