Está em curso uma mudança importante no planejamento do São Paulo para 2020: a saída de Raí da diretoria de futebol, dada como certa até quarta-feira, não deve mais acontecer. É o que o presidente Leco tem sinalizado nos bastidores - ele nunca se manifestou publicamente sobre o assunto.
Leco estava decidido a não renovar o contrato de Raí, que se encerra em 31 de dezembro, e a confiar o departamento de futebol ao conselheiro Carlos Belmonte, diretor social e responsável pelo basquete são-paulino. Belmonte já havia sido convidado para o cargo e se preparava para assumi-lo após a partida de domingo, contra o CSA. Hoje, a tendência é de que ele permaneça nas funções atuais.
O LANCE! noticiou a possibilidade da troca de Raí por Belmonte na manhã da última quarta-feira, horas antes da vitória do São Paulo sobre o Internacional, que classificou o time para a fase de grupos da Libertadores. O triunfo evidenciou que o ambiente de Raí com os jogadores e com a comissão técnica é muito bom - ele aparece na foto que o elenco tirou no vestiário do Morumbi para celebrar o “encerramento” da temporada (veja abaixo).
Mas isso já era sabido por Leco. O que está fazendo o mandatário mudar de ideia é a enorme quantidade de críticas que ele ouviu, interna e externamente, à ideia de substituir um profissional por um conselheiro na diretoria mais importante do clube. O cenário começou a mudar na tarde de quinta.
Esse movimento seria, sobretudo, político. Leco acreditava que um bom trabalho no futebol credenciaria Carlos Belmonte a ser o candidato da situação nas eleições presidenciais de dezembro de 2020.
Se confirmada a permanência de Raí, é praticamente certo que Fernando Diniz também ficará. A manutenção do treinador agrada à diretoria em geral, mas sobretudo a Raí. A possível chegada de Belmonte ao futebol poderia mudar a situação, mas mesmo neste caso as chances de continuidade da comissão técnica já eram apontadas como altas dentro do clube.