São Paulo só quis Buffarini para atender Bauza, que agora pode sair
Diretoria tentou convencer Patón de que não era necessário contratar jogador e conseguiu no primeiro momento. No entanto, cedeu no fim da janela e pode perder os dois
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Julio Buffarini, lateral-direito do San Lorenzo (ARG), não estaria na expectativa de defender o São Paulo nos próximos dias não fosse por conta de Edgardo Bauza. A diretoria do São Paulo só topou desembolsar 1,8 milhão de dólares (cerca de R$ 6 milhões) pelo jogador de 27 anos para atender o desejo do comandante argentino. O problema é que Bauza pode não estar mais no Morumbi quando Buffarini aportar no Brasil.
Patón é dado como favorito para substituir Tata Martino no comando da seleção da Argentina. Na última quinta-feira, a imprensa do país noticiou o interesse e disse que o treinador embarcaria para Buenos Aires nesta sexta para falar do assunto com os membros da Associação de Futebol Argentino (AFA). O São Paulo confirmou que o técnico será recebido na AFA (Associação de Futebol Argentino), mas não informou quando.
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A relação de Bauza com Buffarini tem ar de obsessão. Desde quando foi contratado, no fim do ano passado, o treinador nunca deixou de pedir a aquisição de um dos principais jogadores do San Lorenzo, com quem foi campeão da Libertadores em 2014. A diretoria, no entanto, sempre fez jogo duro e só cedeu nas últimos momentos da janela de transferência internacional, na última terça-feira.
O diretor-executivo Gustavo Vieira de Oliveira, responsável pelo departamento de futebol do São Paulo, sempre argumentou com Bauza sobre Buffarini. Alertava que o modelo de negócio proposto pelo clube argentino era complicado para quem não tinha situação financeira confortável. E ponderava quando o Patón exaltava as virtudes de Buffarini: força, garra, subida forte ao ataque. Para Gustavo, Bauza estava descrevendo Bruno, que poderia ser melhor trabalhado.
Fato é que o São Paulo só conseguiu concluir a negociação em cima da hora e isso pode fazer com que Buffarini nem seja de fato contratado. Gustavo negociou até os últimos momentos da janela de transferência um valor mais baixo e conseguiu redução. No entanto, os trâmites feitos às pressas não foram concretizados antes do fim da janela de transferências. Os documentos dos clubes foram enviados às 23h59 da terça, mas o envio da CBF à Fifa extrapolou esse limite. Sendo assim, caberá à Fifa validar a negociação. O São Paulo exime a CBF de culpa.
O São Paulo diz que a possível saída de Bauza não altera a negociação com Buffarini. Garante que o jogador será incorporado mesmo sem o treinador que o pediu. Exalta suas virtudes, já elencadas por Patón.
Fato é que o São Paulo pode ficar sem Patón e, de quebra, Buffarini. Ou vice-versa.
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