Sangue, suor e lágrimas: relembre duelos do São Paulo contra argentinos na Sul-Americana
Tricolor acumula confusões, pancadarias e eliminações diante de 'hermanos' no torneio
O São Paulo entrará em campo pela 15ª vez na história contra uma equipe argentina pela Copa Sul-Americana quando entrar em campo às 21h (de Brasília) desta quinta-feira (6) para encarar o Tigre, fora de casa, em sua estreia na edição 2023 da competição.
Dono de retrospectos inquestionáveis quando se trata de disputas continentais, incrivelmente o Tricolor vê um certo emparelhamento nos números quando se trata de confrontos contra os 'hermanos': são seis vitórias e quatro empates e derrotas.
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Fora de casa, como acontecerá nesta quinta, o cenário é completamente desanimador: oito partidas, com apenas uma vitória, três empates e quatro derrotas, com cinco gols marcados e dez sofridos. Aproveitamento de apenas 25%.
Mesmo assim, os duelos contra argentinos pela Sul-Americana acabam entrando no imaginário coletivo do torcedor. Seja por alguns deles terem ficado marcados por confusões, pancadarias homéricas e eliminações traumatizantes ao clube do Morumbi.
O primeiro compromisso diante de um 'hermano' já reservou fortes emoções. Em 26 de novembro de 2003, o Tricolor viajou a Buenos Aires e acabou perdendo por 3 a 1 para o River Plate no primeiro jogo da semifinal da edição daquele ano.
A volta foi em 3 de dezembro. Em um Morumbi lotado, o Tricolor venceu o River Plate por 2 a 0 no Morumbi. Nos pênaltis, contudo, perdeu por 4 a 2 e foi eliminado, na primeira edição da competição que contou com a participação de equipes brasileiras. Cinco jogadores foram expulsos na ocasião, sendo três são-paulinos.
O que mais marcou aquela partida foi a batalha campal entre os jogadores no final do tempo regulamentar.
Confusão que havia sido fermentada antes. Depois do São Paulo anotar o segundo gol, aos 24 minutos do segundo tempo, o atacante Diego Tardelli tentou pegar a bola, mas o zagueiro Ameli (ex-Tricolor) não deixou e desencadeou uma briga entre os atletas dos dois times. Na confusão, o técnico são-paulino Roberto Rojas foi expulso.
Nos acréscimos, Rico e Ameli dividiram uma jogada de carrinho e o brasileiro acertou o argentino. Ambos foram expulsos.
Após o juiz apitar o final do segundo tempo, os jogadores dos dois times partiram novamente para a agressão, após o meia Fabiano se desentender com Barrado, que havia entrado no lugar de Luis González.
No final da confusão, que envolveu diversos jogadores, incluindo reservas, o juiz uruguaio Jorge Larrionda expulsou Jean e Luis Fabiano, do São Paulo, e Barrado e Pereyra, do River.
Na saída de campo, Luís Fabiano, que chegou dando voadora nos jogadores adversários, deu a declaração que entrou para história e é lembrada até hoje como uma das mais folclóricas do futebol brasileiro.
- Contra argentino tem que ajudar os companheiros na porrada. E entre bater o pênalti e ajudar na briga, eu prefiro ajudar na briga.
Em 2012, a história das confusões voltou com a final inacabada com o Tigre, adversário desta quinta. Após deixarem o gramado para o intervalo perdendo por 2 a 0, os jogadores do clube argentino alegaram que foram agredidos por seguranças nos vestiários do Morumbi e não voltaram para o jogo. São Paulo declarado campeão.
Desde então, as brigas deram espaço para as humilhações. Em 2017, após empate em 0 a 0 fora de casa, o São Paulo ficou no 1 a 1 com o Defensa y Justicia no Morumbi e acabou eliminado ainda na primeira fase.
No ano seguinte, o cenário se repetiu: O Tricolor perdeu a ida por 1 a 0 para o Colón em pleno Morumbi. Devolveu o placar na volta, na única vitória em território argentino registrada até hoje, mas caiu nos pênaltis por 5 a 3 e deu adeus à disputa.
Em 2020 o algóz foi o Lanúns. O São Paulo venceu por 3 a 2 fora de casa na ida. Na volta, no Morumbi, venceu por 4 a 3, mas novamente foi eliminado.
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