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São-paulinos precisam cadastrar biometria na Arena da Baixada

Atlético-PR pedirá informações dos torcedores antes de acessarem as arquibancadas e acompanharem o duelo em Curitiba; sistema adotado pelo Furacão visa maior segurança

Arena da Baixada
imagem cameraArena da Baixada é um dos estádios mais modernos do Brasil e foi sede da Copa do Mundo de 2014 (Foto: Divulgação)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 03/04/2018
03:21
Atualizado em 03/04/2018
07:25

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Diferentemente do que acontece nos estádios paulistas e em quase todo o território nacional, o torcedor são-paulino que quiser acompanhar o Tricolor na próxima quarta-feira (4), pelo jogo de ida da quarta fase da Copa do Brasil, contra o Atlético-PR, na Arena da Baixada, precisará cadastrar sua biometria antes de acessar a casa do Furacão.

Para comprar uma entrada, o torcedor do São Paulo precisa se cadastrar no site do clube (www.ingressoscap.com.br), preencher os dados cadastrais - como, nome, endereço, CPF, RG e mais algumas outras informações pessoais - e fazer a compra do bilhete, que custa R$ 80 (há a disponibilidade de meia-entrada). O sistema irá gerar um voucher para a retirada do ingresso e o torcedor precisará cadastrar a digital antes de passar pelas catracas.

Com a retirada do bilhete de entrada, previamente cadastrado no CPF do titular, e a biometria registrada no banco de dados da Arena da Baixada, o torcedor poderá ter acesso ao estádio e acompanhar o Tricolor em campo, contra o time da casa.

- O torcedor comprará pela internet e realizará um pré-cadastro, inclusive, escolhendo o lugar. Será emitido um voucher, que deverá ser trocado no estádio no setor de cadastro. Neste momento, é realizada a coleta da biometria e a fotografia do torcedor. Após esse procedimento é entregue a ele o ingresso. Caso esse torcedor já tenha seu CPF cadastrado no banco de dados, ele emitirá o ingresso diretamente ao concluir a compra via internet - explica Ronildo Finger Barbosa, coordenador de Segurança e Operações da Arena da Baixada. 

O sistema adotado pelo Atlético-PR, embora ainda incomum para os padrões do futebol brasileiro, ajudou a reduzir a violência em jogos do clube. O Furacão conseguiu cadastrar a biometria de todos os seus sócios-torcedores e virou exemplo para outras equipes do Brasil, como o Grêmio - atual campeão da Copa Libertadores - que trabalha para implementar um sistema parecido. 

Além da redução da violência, o Atlético costurou uma parceria com os órgãos públicos do Paraná e, por conta do banco de dados interligado, consegue identificar pela biometria torcedores que tenham pendências com a Justiça ou sejam procurados pela polícia. 

- O Atlético-PR não moveu esforços ao implementar não apenas o sistema biométrico, que foi pioneiro no país, mas também a instalação de centenas de câmeras móveis e outras portáteis, que estão presentes com seguranças do estádio. Hoje, conseguimos integrar todo esse sistema e identificar com antecedência quem estará nas arquibancadas - resume Barbosa. 

Desde a implantação do sistema, em 2014, o Atlético conseguiu oferecer mais segurança para seus torcedores dentro de sua arena e acabou com a presença de cambistas na porta dos estádios - cena comum em quase todos os outros prinipais palcos do futebol brasileiro. 

Dentro de campo, o São Paulo tenta acabar com o jejum de nunca ter vencido o rival dentro da Arena da Baixada. O Tricolor decide a vaga para as oitavas de final da Copa do Brasil no Morumbi e trabalha para trazer um bom resultado na capital paranaense.

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