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‘O São Paulo parou no tempo’, afirma o ídolo Raí

Em evento nesta quinta-feira, ex-meia do Tricolor mostrou-se crítico ao momento político vivido pelo São Paulo

Jogo do Eto'o apresentação (Foto: Lucas Strabko)
Raí jogará pelo Botafogo em Come-Fogo especial pela presença de Samuel Eto'o (Foto: Lucas Strabko)

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Campeão mundial em 1992 e um dos maiores ídolos do São Paulo, o ex-meia Raí não está satisfeito com os rumos políticos que o Tricolor vem tomando nos últimos tempos.

Para o clube, além da conquista da vaga na Copa Libertadores, 2015 ficará na história como um dos anos mais conturbados do São Paulo. Trocas de presidentes e casos de corrupção foram a tônica dos noticiários. Para Raí, é necessária uma reformulação na ideologia de comando do clube.

- Parou no tempo. O São Paulo foi melhor que os outros durante um tempo e acho que evoluiu pouco deste então. Futebol é dinâmico, não para. O modelo de gestão mudou-se pouco, a estrutura da equipe de profissionais pode trazer ideias novas. Está começando a fazer agora, tem que correr atrás do tempo perdido. São Paulo teve pouca evolução na última década. Por isso dá aquela sensação que o clube ficou para trás – afirma Raí, ao LANCE!, nesta quinta-feira em evento para promoção do clássico de Ribeirão Preto, entre Botafogo e Comercial, que terá a presença de Samuel Eto’o.

O ídolo pontua dois pilares importantes para mudanças no Tricolor, principalmente visando a próxima temporada. Tempo e a vaga na Copa Libertadores de 2016, para Raí, foram primordiais na busca por melhores ares.

- Primeiro ter tempo, agora nas férias, pensar com calma, deixar a poeira baixar sobre toda essa confusão política. O segundo, sem dúvidas, foi a classificação para a Libertadores. Foi um favor indispensável para remontar o time. Sem a Libertadores, seria muito complicado. Terá condição financeira um pouco melhor para montar o time. Essa classificação valeu no momento mais do que qualquer coisa para o São Paulo. Agora é voltar a pensar naquela postura, nos valores do São Paulo, de uma missão correta, trabalhar com a maior transparência possível – disse o ex-meia.

Diferentemente do irmão Sócrates, marcado pelo engajamento político durante os tempos de jogador e após a aposentadoria, Raí não pensa em se tornar um sujeito político na vida do São Paulo, principalmente se tiver que assumir algum cargo.

- Política partidária, eu não penso em nenhum nível, muito menos no São Paulo. Como ídolo, entrando na política, poderia comprometer o clube que represento. Dando indicações de fora penso que é o mais apropriado. Posso apoiar uma pessoa ou outra, mas eu pessoalmente, não – finalizou.

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