Saudades do que a gente não viveu: não contratação de Marinho ainda causa comoção interna no São Paulo

Muricy Ramalho foi mais um a lamentar publicamente fim das negociações do Tricolor com ponta

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A novela acabou. Mas parte do público continua sonhando com a ficção. Tratado desde o início das especulações como 'plano A' no São Paulo, nas palavras do próprio presidente Julio Casares, Marinho preferiu ficar no Flamengo. E o término das negociações por parte do Tricolor ainda não foi totalmente digerido pelo clube do Morumbi.

Se Marinho seria de fato um ídolo tricolor, nunca saberemos. Mas, nas palavras do coordenador técnico Muricy Ramalho, em entrevista ao canal 'Arnaldo e Tirone', o ponta 'cairia como uma luva' no time de Dorival Júnior. E por isso sua contratação era tratada como prioritária.

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- O Marinho era o cara que pensamos primeiro. Sei que é chato falar, mas temos dificuldades financeiras. Os caras fazem milagre lá dentro (do São Paulo). Você não tem ideia. O Marinho era uma oportunidade. Ainda não temos como competir com outros times. Temos que falar a real. O Marinho joga pelo lado do campo, é rápido, faz gols, já foi atleta do Dorival. Mas agora ficou difícil, ele preferiu ser reintegrado ao Flamengo

E por qual motivo Marinho era 'o cara' no São Paulo? Bem, Muricy explica a razão pelo qual um atleta velocista, com as características do ponta flamenguista que, ao que tudo indica, agora foi procurado pelo Fortaleza, que inclusive ofereceu ordenados maiores que o Tricolor paulista ao atleta.

- Pelo tipo de jogo que temos, de transição, trocando passes, estamos buscando no mercado alguém de velocidade para mudar isso quando for necessário. Continuamos atrás sempre de um velocista. Se o time não tem uma alternativa tática não surpreende mais ninguém - completou Muricy.

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DRAMALHÃO TRICOLOR

Oficialmente, dirigentes do Tricolor dizem que se cansaram de esperar pelo jogador, que acabou sendo reintegrado nesta quarta-feira (14) ao elenco do clube rubro-negro. Mas extraoficialmente a explicação é outra: a equipe do Morumbi deve três meses de direitos de imagem a seu elenco. E o dinheiro que seria usado para trazer o reforço vai acabar investido para quitar essas pendências com o grupo.

LANCE! apurou que Marinho e São Paulo tinham acertado um contrato. O Tricolor cedeu às exigências do jogador, aumentou a oferta salarial, que seguiu menor do que ele recebe mensalmente na Gávea, e o tempo de vínculo.

Mas havia uma peça no tabuleiro. A vontade do jogador em não sair do Flamengo 'de mãos livres.' Após o pedido da advogada do jogador na Justiça para que o ponta fosse reintegrado ao plantel rubro-negro, o plano era forçar sua dispensa dos cariocas para aí sim fechar contrato com o São Paulo.

No Morumbi, entre os dirigentes, havia o consentimento de que tempo, de fato, existe para a espera, já que o Tricolor só poderia inscrever novos atletas no dia 3 de julho, quando reabre nova a nova janela de transferências do futebol brasileiro.

Mas apareceram problemas de cunho interno ao São Paulo. Um deles foi a insatisfação interna com os atrasos. Havia um entendimento claro entre os líderes do elenco: como poderia haver contratações a 'peso de ouro' se há pendências com o elenco.

A situação foi levada à diretoria, garantiram fontes ligadas aos jogadores ao L!. E, com a permissiva de que atletas podem entra na Justiça para obter a liberação do clube após três meses de dívida, ficou acertado que as receitas seriam para quitar as pendências. Uma reunião entre as partes selou que as rendas dos jogos contra Tolima e Palmeiras servirão para pagar parte das pendências.

As dívidas de direitos de imagem não são algo inédito pelos lados do Morumbi. O São Paulo quitou apenas as pendências que existiam do ano passado. Mas em relação à esta temporada, sempre houve débitos.

Para contratar reforços pedidos por Dorival Júnior, a tática mudará e seguirá o perfil do começo do ano. Ou seja, nomes menos badalados ou que venham por empréstimo, com salários abaixo do teto das principais estrelas.

E em relação às chegadas, elas serão mais do que essenciais, visto que a saída para o São Paulo aliviar a crise financeira que atravessa passa, obrigatoriamente, por vender jogadores.


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