Sem ‘9’ e ’10’: diretoria do São Paulo sofre para entregar reforços a Ceni
Ex-goleiro foi apresentado como técnico na última quinta. Dirigentes estão preocupados porque não conseguem encontrar um camisa 9 e um meia, prioridades para 2017
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Quase um ano depois de encerrar uma gloriosa carreira como goleiro, Rogério Ceni foi apresentado como técnico do São Paulo na última quinta-feira. Os torcedores celebraram o retorno do ídolo, a sala de imprensa do CT da Barra Funda lotou para ouvir o treinador, mas o trabalho não promete ser fácil. Vide a dificuldade da diretoria em encontrar reforços para montar um time forte para o início da trajetória.
Os dirigentes estão preocupados porque não conseguem encontrar um camisa 9 e um meia, prioridades para 2017. As opções são muito complicadas. Diante de negativa do Santos, o São Paulo desistiu de Ricardo Oliveira. Pratto, do Atlético-MG, custa muito caro. Fred, também do Galo, tem salário inviável. Calleri, sonho da cúpula e da torcida, deve permanecer na Europa mesmo que deixe o West Ham. A situação é ainda pior para camisa 10.
No Brasil, Lucas Lima, também do Santos, é um dos únicos que agradam, mas o rival também não negocia. Até por isso, a diretoria ainda não aceitou liberar Jean Carlos ao Coritiba. Se não chegarem reforços para a posição, ele pode ficar.
A busca por reforços preocupa Rogério Ceni, que tem se internado no CT mapeando jogadores ao lado dos profissionais do departamento de scout. Ele já está trabalhando.
– Outro dia, entrei às 10h e saí às 22h, quase sem tempo para comer, apenas sentado com o pessoal do scout buscando jogadores. Tem o trabalho do Pintado também, que é importante – afirmou o treinador.
A preocupação da diretoria é compensada pelo cartão de visitas de Ceni. O ex-goleiro se mostrou muito preparado para a missão de recolocar o São Paulo no caminho das conquistas. O técnico se preparou com cursos na Inglaterra, visita a grandes clubes e contato com diversos treinadores. Apostou em uma comissão técnica com um assistente inglês que era técnico do Sub-23 do Liverpool e um francês que prestava serviços para a Seleção Brasileira. Falou em treinos com modelo aplicado na Europa. Quer usar muito a base.
– No São Paulo, passei por todos os tipos de situações, de glórias aos fracassos. Não espero ser julgado como atleta, e sim como treinador. Vou montar uma equipe de trabalho muito boa. Vamos fazer o máximo para ter um elenco mais forte. Será um desafio preocupante e, ao mesmo tempo, fascinante. Coisas pequenas não trazem emoção. Foi o que me trouxe de volta aqui. Vim aqui em busca da glória – afirmou Rogério Ceni.
Ao trabalho!
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