Escrito por Lance!
Você já foi à Bahia? O São Paulo já. E, mesmo que nunca tivesse ido, na próxima quinzena a sequência de partidas obrigará o clube do Morumbi a viajar, em média, 1,7 mil quilômetros por dia. Distância suficiente para sair da capital paulista e chegar a Salvador, capital do estado baiano.
A logística tricolor é digna de elogios por conseguir encaixar deslocamentos longos e complexos, exigidos pelo desgastante calendário do futebol brasileiro. E, para sorte são-paulina, a maratona inclui dois 'respiros' digamos assim: partidas na própria capital paulista que possibilitarão a normalidade de uma rotina de treinos no CT da Barra Funda. E não os saguões dos aeroportos.
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Ao todo serão 23.781 quilômetros percorridos. E a odisseia são-paulina começou já na tarde desta quarta-feira (10), com metade dos 5.506 quilômetros que percorrerá somando ida e volta para o duelo ante o Fortaleza, no Ceará, pelo Campeonato Brasileiro, no dia seguinte.
A delegação volta para São Paulo (SP) na sexta-feira (12). O técnico Dorival Júnior ainda não divulgou a programação, mas é sabido que quem jogar no Castelão deverá ocupar o último dia útil da semana para trabalhos de regeneração. Com isso, sobra o sábado (13) como único dia de preparação para o clássico ante o Corinthians, domingo (14), em Itaquera.
O Majestoso, apesar de fora de casa, é um dos respiros são-paulinos no intenso calendário da reta final de maio. Terminado o clássico, o elenco deve se reapresentar jpa na segunda-feira (15). E no dia seguinte já ir de novo até o aeroporto. O destino será Recife (PE), onde o Tricolor faz o jogo de ida contra o Sport pelas oitavas de final da Copa do Brasil às 20h (de Brasília) na quarta-feira (17).
O cenário é parecido ao desta semana. Afinal, se o Tricolor perderá a quinta-feira (18) com o retorno de Pernambuco, somando mais 5.148 quilômetros de deslocamento, Dorival terá apenas a sexta-feira (19) para treinar com o time completo para o duelo das 18h30 (de Brasília) do sábado (20) ante o Vasco, novamente pelo Brasileirão. Novo respiro, já que o jogo será no Morumbi.
E aí será a hora do filho chorar e a mãe não ver, como brinca o ditado popular. Por falta de tempo hábil, o São Paulo vai ter de viajar de voo de carreira normal para enfrentar o Puerto Cabello na Venezuela, no dia 23 (terça-feira), pela Copa Sul-Americana.
A logística prevista é de imensa dificuldade para o Tricolor. Primeiro, a delegação precisará voar até o Panamá, viagem total de 10.290 quilômetros ida e volta da capital paulista. De lá, outro avião e mais 2.826 quilômetros de deslocamento até Valência, cidade que fica a cerca de 56 quilômetros terrestre de Puerto Cabello, trajeto que os brasileiros farão de ônibus.
A cidade, um paraíso caribenho, não possui voos diretos desde que o governo venezuelano o declarou como local fundamental para a segurança nacional, por conta das inúmeras bases petrolíferas.
Caso houvesse essa possibilidade, o trajeto de São Paulo à cidade seria pouca coisa maior que o de Fortaleza (6.291 quilômetros, contando apenas a ida).
Para compensar, uma vez na pequena cidade de 120 mil habitantes (que caberiam no Morumbi dos anos 1970), os são-paulinos desfrutarão de um verdadeiro paraíso, repleto de praias magníficas, resorts e hotéis de luxo, em cenário deveras diferenciado do restante do país vizinho, em crise política eterna. Os preços, tabelados pelo regime de Nicolás Maduro, são acessíveis e atraem até franceses que moram na vizinha Guiana que pertence ao país europeu.
Cenário para repor energias para a sequência de final de maio e início de junho, quando, enfim, o cenário se reverterá para o Tricolor. Dos seguintes sete jogos, cinco serão no Morumbi, com os dois fora sendo de viagens bem mais curtas que as encaradas, para Porto Alegre (RS) e Belo Horizonte (MG), para enfrentar Grêmio e Cruzeiro, respectivamente.
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VEJA ABAIXO A MARATONA SÃO-PAULINA: