Nas duas últimas vezes em que disputou a Copa Libertadores da América, o São Paulo precisou de combinações de resultados e passou sufoco para avançar de forma heroica às oitavas de final. Mas se em 2013 e 2015 o esforço já havia sido grande para reagir no segundo turno da fase de grupos, a missão para salvar o Tricolor neste ano é ainda mais difícil.
Os são-paulinos somam dois pontos nas três primeiras partidas do Grupo 1 e terão de alcançar 100% de aproveitamento para garantir vaga nas oitavas de final sem depender dos rivais. O cenário é muito mais complicado do que nas participações anteriores, quando o time já somava quatro pontos e pôde até mesmo contar com tropeços antes de respirar aliviado na fase de grupos.
Em 2013, os obstáculos foram criados graças à derrota por 2 a 1 na estreia para o Atlético-MG, em Belo Horizonte, e ao empate em casa contra o Arsenal de Sarandí, no Pacaembu, por 1 a 1. No returno, novo 1 a 1 com os argentinos, fora de casa, e derrota por 2 a 1 para o The Strongest (BOL) em La Paz. Os suados 2 a 0 sobre o Galo no Morumbi na última rodada, ao lado de triunfo por 2 a 1 nos bolivianos no primeiro turno, deram a vaga com oito pontos.
Já em 2015 a caminhada foi menos tortuosa. Depois de perder para o Corinthians na estreia e vencer Danubio (URU) e San Lorenzo (ARG), de Edgardo Bauza, no Morumbi, o São Paulo foi derrota em Buenos Aires e arrancou duas vitórias contra uruguaios e brasileiros para chegar a 12 pontos. Um novo desempenho de seis pontos desta vez pode ser suficiente, mas dependerá de algumas combinações de resultados improváveis.
Uma delas é que Strongest ou River Plate (ARG) tenham três derrotas no returno - os argentinos jogam duas em casa e uma fora, no Morumbi, enquanto os bolivianos têm dois compromissos como visitantes e um em La Paz, onde têm aproveitamento de mais de 80% nas últimas Libertadores. Outra forma de avançar com apenas oito pontos, como em 2013, é torcer por um empate entre River e Strongest e campanha perfeita do Trujillanos.