Uniforme com patrocinador antigo cria mais uma rusga entre São Paulo e fornecedora de material esportivo
Presença de ex-patrocinador que deixou Tricolor em setembro irrita conselheiros
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O casamento entre São Paulo e Adidas, sua atual fornecedora de material esportivo, ganhou mais um capítulo de rusgas entre as partes, na pré-temporada do clube, que começou na quarta-feira (14), no CT da Barra Funda. Tudo por conta da falta de atualização dos uniformes de treinos usados pelos jogadores, que continua expondo uma marca que rompeu o contrato de patrocínio no início de setembro.
Segundo o LANCE! apurou, pessoas próximas do presidente Julio Casares estão irritadas com o fato de as camisas de treino e outros uniformes do clube ainda exibirem a marca da Roku, fabricante de players de mídia on-line, cujo acordo com o Tricolor venceu há três meses e não foi renovado.
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Pessoas ouvidas pela reportagem apontam o que chamam de 'sinuca de bico'. Ou seja, o clube não recebeu fardamentos atualizados para oferecer aos jogadores. E por isso continua trajando as peças que sua rouparia tinha à disposição.
Para piorar, a situação só deve mudar no fim de janeiro, quando, enfim, o clube deverá lançar parte da sua nova coleção.
- Falamos com o Casares e avaliamos que tampar a marca com esparadrapo ou outra fita adesiva seria uma solução ainda pior e passaria a imagem de amadorismo, o que não é verdade, já que a culpa não é nossa - ponderou uma pessoa da cúpula tricolor.
Não é o primeiro atrito entre o clube do Morumbi e a multinacional alemã. Também em setembro, o clube se viu refém da marca esportiva e taxou como 'descaso' o fato da terceira camisa são-paulina, que faz alusão ao agasalho usado pelo elenco campeão mundial de 1992, ter sumido das lojas após esgotado o primeiro lote.
Lançada em agosto, a peça esgotou em um fim de semana. E a reposição do lote de 3 mil unidades, prometida pelo Tricolor à torcida na ocasião, em até 15 dias demorou quase dois meses. Depois de arrecadar quase R$ 1 milhão no fim de semana de lançamento da camisa, a previsão do marketing são-paulino é que o clube deixou de arrecadar mais R$ 6 milhões com a peça por causa das listas de espera de clientes feitas por lojas.
Desde o ano passado, o clube reclama de não ter tratamento semelhante a de rivais também servidos pela marca, como Flamengo, Atlético-MG e Internacional. As queixas giram em torno dos valores pagos e material disponibilizado à venda, com a ausência de camisas e agasalhos na mesma variedade.
No início de 2022, a rescisão chegou a ser estudada pelo jurídico tricolor, mas os valores da multa impediram o avanço do planejamento. O contrato entre as partes vai até o fim do ano que vem. A desavença é tamanha que o técnico Rogério Ceni entrou no 'fogo cruzado' ao usar roupas da Under Armour, antiga fornecedora são-paulina, no jogo contra o Juventude, em abril, pela Copa do Brasil.
A reportagem não conseguiu contato com a assessoria da multinacional alemã até a conclusão desta reportagem, para comentar as informações.
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