Vergonha e erros no São Paulo, festa na seleção: Cueva detalha seu 2017
O meia-armador reconhece os erros desta temporada com a camisa do São Paulo e projeta ano positivo para o Tricolor, assim como foi para a seleção de seu país
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Briga contra o rebaixamento, inconstância dentro de campo e pressão da torcida por conta dos maus resultados. A temporada do São Paulo passou muito longe de ser aquilo que os tricolores esperavam nesta mesma época do ano passado. Mesmo assim, é possível enxergar aspectos positivos e melhorá-los ainda mais para a temporada que está por vir. Quem garante isso é o peruano Cueva, o principal responsável pelo setor criativo da equipe de Dorival Júnior e também da seleção de seu país.
- Somos conscientes de que não foi um ótimo ano, mas podemos dar alegrias no próximo ano, com vaga na Sul-Americana, sair campeão. Penso que temos um grupo para corrigir as coisas deste ano para o ano que vem, admitiu o atleta nesta terça (28), no CT da Barra Funda.
O jogador, responsável pela criação das jogadas de ataque do Tricolor, não se esquivou das perguntas e admitiu que a temporada ruim vivida pela equipe não é culpa exclusiva dos jogadores de defesa. Na visão do peruano, todo o elenco tem sua parcela de erro. Contudo, o ano de 2017 já está quase no passado e com o São Paulo garantido na próxima edição da Copa Sul-Americana, o foco é colocar o clube de volta na lista dos protagonistas do futebol brasileiro.
- Sempre falaram que estávamos tomando muitos gols, e culpavam a defesa. Mas penso que nunca deve se culpar defesa e goleiros por isso, porque os 11 atacam e defendem hoje. Corrigimos isso. Tomamos consciência da necessidade defensiva de todos e, logicamente, a parte ofensiva é de todos. São algumas das coisas que mudaram e fizeram bem para nós. Temos um grande grupo humano e, se tivéssemos mantido uma estabilidade de ganhar jogos, brigaríamos por um torneio ou título. Mas agora é pensar no positivo, no que melhoramos, para terminar da melhor maneira, pontuou o são-paulino.
Nesta temporada, o camisa 10 soma 42 jogos com a camisa do Tricolor. Ao todo, o meio-campista balançou as redes adversárias em dez oportunidades (cinco delas apenas no Paulistão) e distribuiu 11 assistências. Apesar do bom ano defendendo as três cores do clube do Morumbi, foi pela seleção de seu país que Cueva mais se destacou. O peruano foi um dos principais jogadores do time comandado pelo ex-palmeirense Ricardo Gareca na conquista da vaga para a Copa do Mundo da Rússia, no ano que vem.
- Uma parte dessa classificação é pelo São Paulo, que me deu oportunidade, de manter nível alto em um clube como esse e na liga brasileira, pude ajudar a seleção da melhor maneira. Estou feliz porque atingimos o objetivo. Não consegui coisas com São Paulo, mas estou muito feliz e agradeço a oportunidade de classificar o Peru, finalizou o meia armador, fazendo questão de agradecer a estrutura oferecida pelo clube do Morumbi.
Confira outros trechos da entrevista de Cueva
Expectativa para o jogo de domingo
- Temos que terminar o ano ganhando. Se ganharmos, teremos alguma chance de ir à Libertadores. Mas, mesmo sem isso, temos que ganhar como agradeicmento por tudo que a torcida fez conosco desde o início. É uma torcida que merece aplausos, temos que agradecer ganhando e, no ano que vem, corrigir os erros para conquistar um título.
Torcerá para Grêmio e Flamengo serem campeões, respectivamente, da Libertadores e da Sul-Americana?
Torço por qualquer um que possa nos dar vaga na Libertadores. Mas não penso que Sul-Americana é algo pequeno. Agora, temos que pensar em terminar o ano ganhando no domingo, nos preparando para o ano que vem, sabendo que estamos na Sul-Americana. Queremos sair campeões no ano que vem, quero ser campeão no São Paulo.
Sobre semelhanças com o futebol de Ganso
Admiro muito o futebol dele, sempre o vi jogar, é uma pessoa que admiro muito. Os dois jogadores que sempre vou mirar já não jogam mais, são Ronaldinho e Ronaldo, mas admiro muito o Ganso. Não joguei junto com ele, mas sei que é um cara legal. Ele está em uma equipe muito importante na Espanha, e trato de fazer meu trabalho no São Paulo.
Sobre o carinho recebido da torcida no jogo contra o Botafogo
Me senti feliz, lógico. Todos se sentem importantes quando a torcida apoia. Não foi a primeira vez, a torcida apoia todos. Eu, pessoalmente, me senti feliz, tenho carinho e respeito por eles, porque sempre estiveram juntos, nos bons e maus momentos.
Permanece no clube em 2018?
Seria desrespeitoso falar em ir embora. Tenho contrato. Nunca descarto a possibilidade de conseguir meu sonho, meu objetivo. Mas, até o momento, sou jogador do São Paulo. Não há nada a falar sobre isso.
Atraso na reapresentação ao clube
Já falei desse tema com a diretoria. Cheguei a poucas horas do jogo, ajudei como podia. Já falamos, e são coisas que eu, como pessoa, também tenho que corrigir.
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