Volpi assume falha e diz que não está satisfeito, mas evita culpar pandemia
Goleiro admitiu que falhou no gol de Marinho, do Santos, no último sábado, e afirmou que não está 100% satisfeito com seu desempenho após a volta do futebol
Tiago Volpi admitiu que falhou no gol de falta de Marinho, do Santos, no empate por 2 a 2 no clássico do último sábado. Ele montou uma barreira com apenas dois jogadores, inverteu a posição dela e acabou enganado pela curva da bola, que entrou praticamente no meio. O camisa 1 do São Paulo também disse que não está 100% satisfeito com seu rendimento após a volta do futebol.
- Sobre a questão do gol, com essa nova regra a gente às vezes não pode se pronunciar, algo que normalmente eu faria depois do jogo. Infelizmente foi um gol em que eu assumo a responsabilidade, era uma bola totalmente defensável e acabei não executando a defesa. Um erro meu pelo gol, não pela formação da barreira, que acredito que se tenha falado muito e não foi a primeira vez que eu fiz. Infelizmente só é visada quando sai o gol, e eu sabia da responsabilidade que vai para cima do goleiro quando se inverte a barreira e se toma o gol. Fico triste pela atuação que a equipe vinha tendo no clássico, era uma vitória nas nossas mãos que, em uma tomada de decisão técnica minha, acabou se tornando um empate. Mas é um lance que para mim já faz parte do passado, vou procurar que sirva de exemplo para nos próximos jogos pensar bem no tipo de decisão a ser tomada. E é lógico que se pode evoluir, não estou 100% satisfeito com a minha volta depois da paralisação, acredito que possa ajudar mais, e para isso vou seguir trabalhando para poder voltar a ser o Volpi que eu vinha sendo antes da pandemia e no ano passado, para ser o mais decisivo possível para o São Paulo - disse ele, em entrevista virtual nesta quarta.
Volpi evitou culpar o longo período de paralisação do futebol por seu desempenho abaixo da boa média que acostumou-se a ter - vale lembrar que o São Paulo topou comprá-lo do Querétaro (MÉX) por cerca de R$ 20 milhões em dezembro, após um ano de empréstimo.
- Sinceramente, não posso botar a culpa na pandemia, no tempo que a gente ficou parado, até porque a gente já teve dez rodadas do Brasileiro e teve mais três jogos do Paulista. Estamos falando de 13 jogos, um tempo bom para recuperar a forma física. Dentro desses 13 jogos, fiz alguns muito bons e não citei a pandemia quando joguei bem. Quando cometi um erro, acho injusto dizer que foi por causa da inatividade, dos quatro meses sem jogar. Aconteceu por uma série de fatores, um erro técnico, uma tomada de decisão, mas não posso dizer que a pandemia afetou. Tive um tempo bem considerável para me preparar antes de voltar a jogar, na pandemia consegui ter alguns trabalhos com bola para manter a forma. Não seria justo, realmente não enxergo dessa forma - disse Volpi.
O São Paulo retoma a sua caminhada na Libertadores nesta quinta, às 19h, contra o River Plate, no Morumbi. Volpi diz que sabe da desconfiança externa sobre o time, mas garante que internamente a confiança é grande.
- Acredito que pelas coisas que têm acontecido, pelo que aconteceu no Campeonato Paulista, talvez externamente a nossa equipe não seja considerada forte. Mas internamente, o que para nós é o principal neste momento, a gente está muito confiante, com uma expectativa muito boa, esperando fazer um grande jogo. Confiamos muito no que a equipe vem evoluindo nos últimos jogos, no decorrer do Brasileiro, então estamos com uma confiança muito grande, respeitando o River, por ser um grande adversário, uma equipe que joga junta há muito tempo, que sabe jogar a competição.