Ytalo tem nova chance no Morumbi e tenta gol para ser ‘mais Amoroso’
Atacante, que veste a camisa 37 do ídolo, já marcou gol, mas só passou perto atuando em casa. Contra o Vitória, ele será titular e espera ajudar o time ao lado de Calleri
O recém-chegado Ytalo já poderia estar nas graças da torcida do São Paulo não fosse por detalhes. Nos dois jogos que fez no Morumbi, o atacante recebeu bolas preciosas, mas jogou fora. O alento é que ele terá nova chance nesta quarta-feira, às 19h30, contra o Vitória, pela 8 rodada do Campeonato Brasileiro.
Autor do gol da vitória sobre o Cruzeiro no Mineirão, Ytalo perdeu chance na cara no clássico contra o Palmeiras e no último sábado contra o Atlético-PR, nas duas últimas partidas do time no Morumbi. Contra o Furacão, um de seus chutes chegou a acertar as duas traves, mas não entrou. O grito ficou entalado na garganta. Agora vai?
– A gente imagina esperando que saia no próximo jogo, mas o importante é o time ganhar, independente de quem faça o gol. Naturalmente, ele vai sair – afirmou o atacante, que treinou no time titular ontem ainda na vaga de Ganso, que deve ficar no banco após retornar da Seleção Brasileira.
E se Ytalo tem dúvidas de que pode conquistar rapidamente o carinho do são-paulino pode olhar para o passado. Em 2005, Amoroso precisou de apenas um jogo para encantar a torcida. Detalhe: assim como Ytalo, também jogou com a camisa 37 no Brasileiro daquele ano.
Claro, é sempre bom lembrar: Amoroso era um atacante talentosíssimo e caiu como uma luva num time que ganhou tudo. O jogo em que ele conquistou a torcida foi uma semifinal de Libertadores contra o River PlateARG (ARG), em que estreou e fez grandes jogadas em pouco minutos. Já Ytalo, por ora, tem planos mais modestos, no entanto tem a chance de repetir o grande feito, pois a semifinal da Libertadores este ano também está logo ali.
– A gente trabalha para fazer os gols e na hora ali que não sai do jeito que você quer, fica martelando um pouco. Mas tem que passar porque o próximo jogo é agora, então tem que pensar no próximo jogo – diz Ytalo.
Quer mais coincidência? Hoje, Ytalo fará dupla com Calleri, que deve ir embora depois da Libertadores. Foi o que fez o ex-atacante Luizão em 2005. Existe amor na nova dupla?
– Eu solto mais a bola e ele retém mais. Isso se completa para ajudar o time – diz Ytalo, sobre Calleri.
A história está aí para ser escrita.
Entrevista exclusiva com Ytalo
Como fazer para entrosar com Calleri?
Eu tento, independente de quem vai jogar, dar o máximo para tentar se entrosar o mais rápido possível. Graças a Deus, eu tenho um pouco de facilidade com isso, já joguei com o Kardec e agora vou jogar com o Calleri. Então a gente tem que trabalhar durante a semana para se entrosar o mais rápido possível e chegar no jogo e dar tudo certo.
Conversou com o Calleri sobre a morte do amigo dele?
Não, não tive a oportunidade de conversar. Eu cheguei há pouco tempo e quando cheguei ele tinha viajado, então ainda não tive a oportunidade de conversar com ele. Espero que tenha superado isso e vai superar, e espero que nos ajude no próximo jogo.
Pensa em dar uma assistência para o Calleri homenagear o amigo?
Claro, na hora do jogo, quando tiver melhor posicionado, quem puder finalizar primeiro, vai sair o gol, independentemente de quem seja. Quem tiver melhor posicionado, a gente passa a bola esperando que saia o gol.
Centroavante ou atrás do Centroavante: alguma diferença ou dá pra fazer a mesma coisa?
Ah, dá pra fazer, o que muda muito é a marcação, que quando você joga atrás do atacante, você tem que marcar o volante, e descer um pouco mais para a defesa. E quando você é centroavante você tem que marcar o zagueiro e tem que ajudar o volante, do outro lado, quando tiver oportunidade e não dá tanto para ajudar na defesa.
O que precisa fazer para vencer de novo no Morumbi?
Acho que a gente precisa fazer é ter atenção, do primeiro ao ultimo minuto, por que o time jogou bem esse jogo, mas a gente teve desatenção nos dois lances do gol. Então acho que é atenção máxima na defesa e quando tiver oportunidade, fazer os gols.