Dia Nacional do Chocolate: nutróloga Paula Cavallaro ensina como conciliar o doce com exercício físico
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É de praxe. Ao começar uma nova dieta ou mesmo um novo treino visando emagrecimento ou hipertrofia, os doces, em especial os chocolates, entram na lista de inimigos do praticante de atividade física. Mas não precisa ser assim. Comemorado em 28 de outubro, o Dia Nacional do Chocolate é uma data importante para lembrar que, na verdade, esse produto pode ser incluído em um plano alimentar saudável e ainda conferir uma série de benefícios ao processo — quando consumido com moderação.
A médica nutróloga Paula Cavallaro explica que o chocolate é feito com a semente do cacaueiro, rica em flavonoides, um bioativo com propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias e ainda contribui como sensação de saciedade, podendo ser uma ótima alternativa para inibir aquela compulsão por doces que costuma surgir após um desgaste físico significativo.
"Chocolate é rico em polifenóis, que atua como um poderoso antioxidante, e vitaminas do complexo B e Triptofano, que melhoram o sono, reduzem o estresse e dão ânimo. O mais importante quando se fala na aliança entre exercícios, dieta e chocolate, é que esse doce é rico em gorduras sacietógenas, o que ajuda no emagrecimento”, explica.
Para utilizar o chocolate como um aliado no emagrecimento e para melhorar a energia no exercício físico é necessário estar de olho na composição do chocolate, sendo preferível os artesanais ou com poucos aditivos nocivos. “Uma barrinha de chocolate de com 3 quadradinhos possui por volta de 120 kcal, o que é mais do que possível de adaptar. O que ‘estraga’ o chocolate é quando são adicionadas gorduras, açúcares em excesso de outros itens industriais que são colocados dentro da barra. Tudo que é ultraprocessado vai incrementar o aporte calórico e modificar a composição original deste produto, assim também é com o chocolate, por isso é importante investir em um de boa qualidade”.
Caso o chocolate seja de boa qualidade, como é o caso do com cacau 70%, ele pode ser consumido tranquilamente como sobremesa depois do almoço, e ainda com um café para complementar. “Existem chocolates que se ajustam aos planos alimentares de acordo com o que o nutricionista prevê para o paciente. Há os sem açúcar, com adoçantes específicos, sem gorduras ruins. No Brasil existem indústrias qualificadas que fazem esses chocolates e que inclusive possuem alguns que até diabéticos podem ingerir”, conta Paula Cavallaro.
A nutróloga lembra que para o praticante de atividade física, quando há um equilíbrio no consumo, equilibra-se também o intestino. “É nesse órgão que produzimos um hormônio chamado serotonina, responsável pelo prazer, alegria e pela vontade de comer doce. Se ele está regulado você vai ter menos vontade e menos compulsão de comer chocolate, deve haver um equilíbrio. Além disso, caso o praticante opte por uma substituição, há a alfarroba, uma planta do oriente médio que imita bem o gosto do cacau, além das receitas caseiras low carb de chocolate, que usam óleo de coco e xilitol”, recomenda.
Não restam dúvidas, o chocolate não é vilão do exercício físico nem da dieta. “Como tudo nessa vida, é preciso ter consciência e moderação, sempre optando pela alimentação honesta. Um para nutrir, um para o prazer, sempre com foco na composição”, conclui a nutróloga.
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