ANÁLISE: Brasil joga pouco, paga por muitos erros e entra no mata-mata da Copa América com favoritismo zero
Seleção de Dorival Júnior mostrou novamente um futebol aquém das expectativas diante da Colômbia
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No fechamento da fase de grupos da Copa América, o Brasil de Dorival Júnior voltou a decepcionar. Não saindo do empate em 1 a 1 com a Colômbia, na Califórnia, a equipe estacionou na segunda colocação do grupo D, chegando à fase eliminatória para enfrentar a boa seleção do Uruguai.
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As justificativas para a ausência de um bom futebol poderiam facilmente estar escritas em um comprido pergaminho. Ao mesmo tempo, trinchando-as em uma definição, são apenas necessárias quatro letras diferentes que formam uma palavra de cinco: "erros".
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Todo o capricho de Raphinha na cobrança da falta que abriu o marcador em favor da Seleção faltou no restante da partida. Quase um quinto dos passes tentados foram falhos pela equipe brasileira. O setor de meio de campo parecia perdido na hora da armação de jogadas. Os flancos, ineficazes de produzir uma jogada individual - o que muito se deve à forte marcação adversária. Na defesa, o erro de posicionamento, a bola descoberta e o gol de empate do bom lateral Muñoz. Um coletivo cheio de problemas. Que geram erros.
Atribuir o peso do segundo lugar única e exclusivamente a Dorival é um erro. O técnico tem menos de quatro meses à frente da equipe, entre sua estreia e o jogo diante dos Cafeteros. Mas ao mesmo tempo, a demora para mexer no time durante a segunda etapa, o pouco repertório no último terço do campo, e manter Endrick no banco de reservas até os 41 minutos da metade final, são sim escolhas questionáveis. Para alguns, escolhas que, se dão certo, ótimo, brilhou a estrela do comandante. Mas deram errado. E se transformam em erros.
E que não sirva de justificativa para o "fracasso", mas o pênalti não marcado de Muñoz em Vinícius Jr, no final da primeira etapa, contribuiu para o resultado. Jogo picotado pela arbitragem, longa revisão no VAR para anular um gol da Colômbia, e a nítida infração não dada em favor do Brasil. Erro claro.
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A linha tênue entre correr riscos e cometer erros afinou completamente o Brasil na partida. Muito por isso, o esquadrão de Néstor Lorenzo cozinhou a partida quando pôde, teve o controle das melhores ações e não foi incomodada por um time que precisava vencer para liderar o grupo. Na soma de erros de arbitragem, erros de escolha do técnico e erros técnicos dentro das quatro linhas, a Seleção sucumbiu à pressão de um jogo final.
Os erros têm suas consequências. E agora, Dorival terá três dias para alinhar o que for necessário e manter o mental de seus jogadores da melhor forma possível. Pois dentro do mata-mata, enfrenta um Uruguai preparado sob o comando de Marcelo Bielsa. 100% de aproveitamento na competição, nove gols marcados e apenas um sofrido. E que bateu nos brasileiros em outubro de 2023, com atuação digna de um campeão de Copa América.
O favoritismo do Brasil, hoje, para erguer a taça continental, é nulo. Argentina e Uruguai, pelo ciclo, correm na frente. A Colômbia já deu mais uma prova de que não teme a Amarelinha como em outros anos. Vale o olho na boa geração da Venezuela, que pega um frágil Canadá e pode alcançar as semifinais. A atenção precisa ser maximizada pra ontem. Os erros precisam ser anulados para sábado.
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