ANÁLISE: Convocação da Seleção agrada quase 100%, mas tem o fator Daniel Alves
Tite chamou 26 nomes que, em sua maioria, tiveram boa aceitação, mas nem tudo é perfeito
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Há muito pouco a se contestar no trabalho de Tite à frente da Seleção Brasileira nesse último ciclo de Copa do Mundo. O time foi campeão, estagnou, depois voltou para a rota, e agora está em ascensão. E assim se reflete a convocação dos 26 nomes que irão ao Qatar, com poucas ressalvas a se fazer. O problema é que um desses "poréns" é bem grande, e mexeu bastante com a emocionada opinião pública.
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Estamos falando, é claro, da presença de Daniel Alves entre os nomes chamados pelo treinador. Apesar de ser um dos maiores vencedores do futebol mundial, é consenso que nesse último ano ele não chegou nem perto de um nível aceitável para ser jogador de Seleção. Até por isso, pela passagem ruim pelo Pumas, e pela dúvida sobre sua condição física, era possível considerá-lo fora da lista, uma vez que Tite disse que não levaria jogadores que não estivessem 100%.
Parece, no entanto, que há uma situação especial para o lateral. A comissão técnica usou explicações táticas (lateral construtor) e físicas (melhorou forma) para justificar a convocação, mas realmente ficou difícil entender. Danilo pode ser um lateral construtor, o que abriria vaga para outro nome com características diferente. E dois dias de observação não são suficientes para um diagnóstico completo, com o devido respeito aos membros do estafe da Seleção Brasileira.
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A presença de Dani Alves merece um espaço maior na análise, pois foi a maior controvérsia dessa lista, praticamente não se falou de outro nome que pudesse ter essa contestação. A lista, sejamos justos, foi muito bem construída, principalmente pelos nove atacantes. É muita opção, até mesmo para ter alternativas para mudar o time em uma situação ruim, diferentemente de 2018, quando faltou material.
Essa lição claramente ele aprendeu. Na Copa não há muito tempo para corrigir rota, se a lista foi montada errada, não tem como voltar atrás, então é preciso ter variações, nomes que mudem jogo, que façam a diferença, mesmo que não sejam titulares. Rodrygo e Martinelli, por exemplo, são peças que desequilibram, são "diferentes". Assim como Pedro, que traz o homem de referência.
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A opção por Bremer na zaga também é merecida, um jogador que atua em alto nível no futebol italiano há algumas temporadas no Torino e acabou de se mudar para a Juventus. Ganhou a vaga no campo superando Gabriel Magalhães, que parecia quase no Qatar.
Éverton Ribeiro também conquistou seu espaço pelas atuações no Flamengo e se encaixa no esquema de Tite, já tinha dado resposta na Seleção e vinha jogando muito melhor do que Coutinho, que ficou fora por contusão, mas que parecia estar atrás do meia do Fla na lista de preferências. Firmino, por sua vez, acabou ficando fora mesmo em boa fase no Liverpool, mas não chega a ser algo lamentado.
No que depender dos nomes no papel, a Seleção Brasileira tem grandes chances de brigar pelo título da Copa do Mundo. Apesar de Daniel Alves ser uma peça que gera controvérsias, não será isso que impedirá o Brasil de conquistar o hexa, pelo contrário. Talvez pelo espírito vencedor e pela estrela que possui, capaz de o lateral agregar mais do que se imagina. Já tivemos listas piores e não lamentamos.
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