ANÁLISE: Seleção Brasileira corrige rota e turbina favoritismo para a Copa do Qatar
Ciclo depois da Rússia parecia ser de lamentações pela 'Neymar dependência'
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A goleada do Brasil em cima da Tunísia por 5 a 1 é um resultado que, até certo ponto, não surpreende. Mas, se puxarmos um pouco pela memória, vamos lembrar de jogos em que o adversário era frágil, e a Seleção Brasileira custava a ter bom desempenho e placar favorável. Essa situação mudou completamente. Hoje, a Copa do Mundo é um sonho muito real.
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Depois do Mundial de 2018, na Rússia, a geração de jogadores brasileiros passou a ser bastante questionada, já que parecia que o Brasil dependia de Neymar, e só. Era difícil pensar em algum outro atleta que pudesse desequilibrar tanto quanto ele. Além disso, Tite aparentava estar "engessado" em sua maneira de montar o time.
E isso era reforçado por algumas partidas pavorosas da Seleção em amistosos, Copa América, Eliminatórias e afins. A mensagem que o torcedor recebia era a de que o time estava estagnado, e até dando passos para trás. Apesar do título da Copa América de 2019, sem Neymar, era preciso que fatos novos dessem alguma esperança, algo que parecia longe.
Talvez a final da Copa América de 2021 tenha sido a "pá de cal" para as mudanças. Havia uma quantidade boa de jovens que estavam "voando" em seus times na Europa, como Vini Jr., Antony, Raphinha, Rodrygo, etc. Esse pessoal tinha que estar no grupo, não havia o que esperar. A geração não estava perdida, mas sim mal utilizada.
Essa correção de rota veio, a garotada correspondeu quando acionada e mudou completamente o patamar da Seleção Brasileira. Também mudou a confiança do torcedor, que estava extremamente pessimista com o que vinha sendo apresentado. Com essas adições, Neymar passou a ter "menos responsabilidade" e dividiu as pancadas com os companheiros.
O desempenho e os resultados vieram. Tite ficou mais ofensivo em seu pensamento, ainda que insista em alguns nomes questionáveis. Em pouco tempo, o Brasil passou de um "possível favorito" para um "grande favorito" na Copa do Mundo, principalmente pela queda de desempenho de outras concorrentes fortes, como a França.
A verdade é que esse favoritismo não era esperado. Nem mesmo o mais otimista poderia prever que aquele time estagnado se transformaria em uma máquina com tantas opções excelentes e que teria o luxo de deixar algumas delas fora da Copa. Hoje, essa Seleção não deve em nada para outras equipes. Se mantiver essa pegada, e os jogadores mantiverem o nível, a chance de hexa é, de fato, enorme.
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