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ANÁLISE: Seleção tem dificuldade de fazer o básico e vive pior momento da história

Pela primeira vez, Brasil perde quatro dos oito primeiros jogos das Eliminatórias

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Estêvão e Marquinhos reagem após derrota do Brasil para o Paraguai, nas Eliminatórias. (Foto: JOSE BOGADO / AFP)

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O Brasil visitou e perdeu de 1 a 0 para o Paraguai nesta terça-feira (10), pela 8ª rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo, com gol marcado por Diego Gómez. Com a derrota, Dorival Júnior conhece sua primeira derrota à frente da Seleção Brasileira.

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A partida foi truncada do início ao fim. Apesar de ter dominado a posse de bola nos primeiros momentos, a Seleção esbarrou na sólida defesa paraguaia e não conseguiu criar jogadas para chegar no setor ofensivo. Como o esperado, os donos da casa apostaram no contra-ataque e a decisão se mostrou acertada. Diego Gómez errou o primeiro domínio, mas ajeitou o posicionamento e acertou um chute de trivela. A bola bateu na trave e estufou a rede de Alisson no Defensores del Chaco.

O jogo pode ser resumido em uma palavra: fraco. Sem inspiração e criatividade, as principais dificuldades da equipe ficaram claras. Os brasileiros não conseguem fazer o básico. Quando o adversário adianta a marcação, não conseguem achar espaços e trocar passes para frente.

Uma derrota nesta momento era tudo o que Dorival Jr. não precisava. Depois de questionamentos pelo desempenho na Copa América, a expectativa era de uma Seleção mais amarrada e entrosada. Mas a realidade foi bem diferente. Apesar da vitória contra o Equador, a atuação não convenceu em Curitiba.

Contra o Paraguai foi ainda pior. É difícil explicar uma performance tão abaixo daqueles que deveriam ser os melhores jogadores disponíveis no futebol brasileiro. Vini Jr, por exemplo, não consegue desempenhar e ser decisivo como é no Real Madrid. Lucas Paquetá e Gabriel Magalhães também são peças chaves em suas equipes, mas deixam a desejar na Seleção.

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Vini Jr pela Seleção Brasileira em partida contra o Equador, em Curitiba, pelas Eliminatórias. (Foto: Mauro PIMENTEL/AFP)

Em 10 jogos de Dorival Jr, os números não traduzem o desempenho. São quatro vitórias, cinco empates e uma derrota. Além de 56,67% de aproveitamento, o Brasil tem 9 gols sofridos e 14 marcados. Como aconteceu com Fernando Diniz, a atuação do time parece piorar a cada jogo. Sob o comando do ex-técnico foram 6 jogos, 2 vitórias, 1 empate, 3 derrotas, 8 gols marcados, 7 gols sofridos e 38,8% de aproveitamento.

O início do trabalho de Dorival foi promissor. Venceu a Inglaterra com gol de Endrick no amistoso e parecia que a Seleção tinha voltado a empolgar os torcedores. O mesmo aconteceu no empate heroico contra a Espanha, atual campeã europeia, na partida seguinte. Em momento de esperança, veio o balde de água fria na Copa América. Com apenas uma vitória, justamente contra o Paraguai, o Brasil não repetiu as boas atuações dos amistosos e foi eliminado para o Uruguai nas quartas de final, nos pênaltis.

Em oito jogos nas Eliminatórias da Copa do Mundo, a Seleção Brasileira soma quatro derrotas e apenas 10 pontos em sua pior campanha na era dos pontos corridos. Pela primeira vez na história, o Brasil perdeu quatro dos oito primeiros jogos. A campanha com mais derrota, até essa etapa, havia sido em 2002 (2 derrotas).

É bem verdade que a equipe vive um momento de transição, tanto de treinador quanto de elenco. Dos 11 titulares, oito atuam no futebol europeu. Com isso, a maioria dos atletas chegam sem ritmo e em início de temporada. Outro problema é a quantidade de lesões. Dos primeiros jogos de Dorival, o técnico não pôde contar com Raphinha e Savinho, pouco antes da convocação. Pedro e Militão também precisaram ser cortados após contusões durante treinamento.

O meio-campo talvez seja o maior problema do time de Dorival. Bruno Guimarães não conseguiu desempenhar como segundo volante e a falta de um meia de criação ficou evidente. É aí que entra a clara importância de Neymar à Seleção. Durante coletiva de imprensa, o treinador revelou que a comissão mantém contato constante com o Al-Hilal para entender o momento do camisa 10.

– Primeiro ele tem que retornar dentro do seu clube. É natural, estamos sempre em contato, tentando entender o momento do Neymar e torcendo pela sua recuperação. Temos que aguardar, esse processo é lento, moroso. Nós temos vários detalhes, mas eu prefiro que o clube passe todas essas informações.

Em um ciclo que já está marcado na história ao colecionar marcas negativas, a expectativa fica para os próximos confrontos. Com trocas de técnicos e lesões de jogadores importantes, agora, é apostar no tempo para que o Brasil consiga conquistar a vaga para a Copa do Mundo 2026, e assim, Dorival cumprir com sua promessa de chegar à final.

Confira as marcas negativas do Brasil nessas Eliminatórias

  1. 1ª derrota em casa nas Eliminatórias após 64 jogos (51 vitórias e 13 empates)
  2. Pior campanha nas Eliminatórias até a 8ª rodada (apenas 10 pontos)
  3. Perdeu 3 jogos seguidos nas Eliminatórias
  4. Voltou a perder para o Uruguai depois de 22 anos
  5. Perdeu uma invencibilidade de 37 jogos nas Eliminatórias
  6. Perdeu por 2 gols de diferença em jogos de competição após 8 anos (2 a 0 Chile em 2015)
  7. Perdeu por 2 gols de diferença para o Uruguai depois de 40 anos (2 a 0 em 1983 – Final da Copa América)
  8. Perdeu pela 1ª vez para Colômbia em Eliminatórias
  9. Perdeu para o Paraguai depois de 16 anos (10 jogos); última derrota havia sido em 2008


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