Em ano de escândalos e pós-Copa, CBF arrecada menos com patrocínios
No entanto, entidade compensa em outros itens e consegue, graças à variação cambial, aumentar lucro em relação ao ano anterior
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Em um ano recheado de escândalos prejudiciais à imagem, a CBF arrecadou menos com patrocínios em 2015, levando em conta a comparação com 2014, ano de Copa do Mundo no país. O montante que entrou nos cofres da entidade graças aos patrocinadores no ano passado foi de R$ 339,6 milhões. Em 2014, esse mesmo item representou entrada de R$ 359,4 milhões.
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Dentro da entidade, há quem veja a queda nos patrocínios como fator normal, já que a comparação é com um ano de Copa do Mundo, quando muitas marcas aproveitam a "onda" de exposição do futebol.
No entanto, a CBF conseguiu compensar em outras formas de arrecadação - principalmente os direitos de transmissão e comerciais - e manteve o volume de receitas praticamente estável no exercício do ano passado. O total arrecadado pela CBF em 2015 foi R$ 518,8 milhões, contra R$ 519,1 milhões em 2014.
Mas o lucro - que chegou a R$ 72 milhões (Quase R$ 20 milhões a mais do que em 2014 - aumento de 41%.) - foi turbinado por outra situação, não contabilizada pela CBF como receita bruta: a variação cambial. A diferença do valor do dólar, moeda na qual é baseada boa parte dos contratos da CBF, representou arrecadação de R$ 27,4 milhões a mais. Ou seja, somando a receita bruta com esse item da variação, o dinheiro que entrou na entidade foi R$ 584 milhões.
INVESTIMENTOS
Em 2015, a CBF aumentou os gastos com as seleções de futebol. Nas equipes de base e feminina, o investimento praticamente dobrou. O saldo com a garotada foi de R$ 13 milhões para R$ 22 milhões. Com as mulheres, em 2014 houve R$ 9,5 milhões de gastos, enquanto em 2015 o valor chegou a R$ 18,2 milhões.
Já a verba destinada às federações estaduais, classificada como "contribuição ao fomento do futebol nos estados e competições", representou um gasto de R$ 123 milhões em 2015, contra R$ 107 milhões em 2014. Mas a entidade diminuiu os gastos classificados como despesas administrativas, caindo de R$ 167 milhões para R$ 119 milhões.
É importante lembrar que as contas não foram votadas ainda porque o presidente da Federação Catarinense, Delfim Peixoto, conseguiu uma liminar, alegando falta de transparência na prestação.
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