Seleção, Tite, Flamengo e Sul-Americano: Hugo abre o jogo ao L!
Goleiro do Rubro-Negro carioca fala sobre pressão por resultados no torneio continental, sonhos da carreira e convocação para o time canarinho principal
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Entre os pedidos de Hugo Souza para o ano de 2018, talvez estivesse a Copa São Paulo daquele ano, que acabou conquistada por ele e o Flamengo no fim de janeiro. Mas o que, sem dúvidas, estava longe do imaginário do goleiro, na época com 18 anos, era uma chamada para a Seleção Brasileira principal. Ainda hoje, faltam - ou sobram - palavras para o jogador ao falar sobre a experiência de ser convocado pela primeira vez na carreira.
- Até hoje não sei explicar a sensação do dia da convocação, a felicidade que eu senti foi algo realmente inexplicável. Fiquei deslumbrado, assustado. Desnorteado, sem saber o que fazer. Foi dia de muita alegria e muito choro, contou ao LANCE!.
A promessa do Flamengo não escondeu a gratidão por Tite e Taffarel, dupla que ele definiu como “caras de outro nível”. Hugo se mostrou impressionado com a atitude do treinador durante as reuniões com o grupo da Seleção:
- Mostrava o seu caráter, mostrava muita verdade no que falava. É um cara que cativa seus jogadores - explicou o atleta, que também contou sobre como foi acolhido pelo elenco cheio de estrelas:
- Eles e toda comissão técnica me acolheram de uma forma incrível. Eu não sei nem explicar, me trataram como se eu fosse um grande jogador que jogasse na Europa, no nível deles. Douglas Costa, Philippe Coutinho, Filipe Luís...esses caras me trataram como se eu fosse realmente um deles.
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Com o peso de uma convocação da Seleção Principal no currículo, a promessa rubro-negra se prepara agora para a disputa do Sul-Americano Sub-20. E pressão pelo resultado positivo não falta. Isso porque há exatos dois anos, a geração que reunia nomes como Felipe Vizeu, Lucas Paquetá e Richarlison, deixou o Brasil fora do Campeonato Mundial da categoria.
A cria do Ninho do Urubu falou sobre a responsabilidade de representar o Brasil na competição que, nesta edição, é classificatória não só para o Mundial, mas também para as Olimpíadas de 2020, com sede em Tóquio.
- A gente tem noção dessa responsabilidade, mas estamos psicologicamente bem preparados para isso. Sabemos o que vamos enfrentar e quais os nossos objetivos - que são nos classificar para o Mundial, para as Olimpíadas e sermos campeões. Por isso, trabalhamos diariamente com o professor (Carlos) Amadeu para que as responsabilidades estejam bem filtradas e sejam aceitas de forma natural.
O goleiro ainda não sabe se começa jogando na estreia do Brasil, contra a Colômbia, no próximo sábado (19), às 18h10. Afinal, enfrenta a forte concorrência de dois companheiros com igual passagem pela Seleção principal. A disputa “leal e saudável”, como define Hugo, com os goleiros Gabriel Brazão, do Cruzeiro, e Phelipe, do Grêmio, pode se estender até os próximos Jogos Olímpicos.
O jogador diz entender a necessidade de estar jogando a nível profissional no ano que vem para ir a Tóquio, e falou sobre o sonho de fazer história no Flamengo.
- Claro que a gente sonha com a Olimpíada, em estar em uma competição com esta grandeza e magnitude. Quero estar jogando pelo Flamengo. Quero fazer história lá. Vamos ver o que a diretoria tem pra mim. Eu deixo nas mãos do clube - afirmou.
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L!: Os três goleiros convocados agora para o Sul-Americano, (você, Brazão e Phelipe), tiveram experiência na Seleção principal. Como é essa concorrência interna de vocês aí? Vocês já fazem ideia de quem começa jogando na estreia contra a Colômbia?
Hugo Souza: A concorrência claro que vai acontecer, mas ela acontece de uma forma leal e saudável. Eles são caras sensacionais e fazem o dia a dia melhor. Nós ainda não sabemos que vai jogar ou ser o titular. É deixar a pulga para o Professor Amadeu resolver. Ele que decide o que é melhor para a equipe e a gente tem que entender.
Na Seleção Brasileira sub-20 você já convive com jogadores que estão atuando na Europa, como o Marquinhos Cipriano (Shakhtar-UCR) e o lateral Vitinho (Brugge-BEL). O Hugo também sonha em jogar no Velho Continente?
A Europa é um sonho de todo garoto que joga futebol, ainda mais a gente que está muito próximo disso. Mas quero me firmar no Flamengo, quero construir história no clube, que é o clube do meu coração. Mas sou profissional. Caso aconteça alguma proposta que seja boa pra mim e para a minha família, a gente senta com o meu empresário, conversa e decide o que for melhor. Mas meu primeiro pensamento é fazer história no Flamengo.
Já chegou alguma coisa?
Não sei de nada ainda. Se já surgiu, quem sabe é o Flamengo e o meu empresário. Prefiro deixar isso com eles, mas ficaria feliz em saber. É bom saber que nosso trabalho está sendo visto, e se sentir valorizado.
A Seleção Brasileira, em qualquer nível, acaba sempre muito cobrada por praticar a identidade ofensiva do seu futebol. Qual vai ser a cara desse Brasil sub-20? Como o professor Amadeu está armando o time?
O Brasil é cobrado por isso (praticar um futebol ofensivo) e com a gente não vai ser diferente. Vamos buscar um futebol de alto nível, de posse de bola e controle do jogo, mas não vamos abrir mão da nossa ousadia e da criatividade dos nossos atacantes. Esse sempre foi nosso diferencial. O professor Amadeu tem trabalhado bastante isso.
Pelo que é conversado entre jogadores e comissão técnica, qual deve ser o principal adversário do Brasil na luta pelo título do Sul-Americano?
Estamos focados no nosso primeiro adversário, que é a Colômbia. Mas acredito que nosso principal oponente seja nós mesmos. Se vencermos a nós mesmos, corrigindo nossos erros, penso que somos uma equipe muito difícil de ser batida.
Como lembramos, esse Sul-Americano é classificatório para as Olimpíadas do ano que vem. Nas últimas oportunidades, acabou jogando os Jogos Olímpicos um goleiro com tempo de jogo no profissional. O que você pretende fazer para estar em Tóquio? Cogita um empréstimo, por exemplo?
Claro que a gente sonha com a Olimpíada, com estar numa competição dessa magnitude. Sobre a oportunidade de estar jogando, prefiro que seja no Flamengo. Vamos ver o que a diretoria tem pra mim. eu deixo nas mãos do Flamengo.
* Sob supervisão de Bernardo Cruz
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