Atletas da Seleção contam como Pia tem focado nas ‘deficiências’ do time

Treinadora sueca chegou recentemente ao comando da Seleção Brasileira Feminina e em seus primeiros dias de treinamento tem dado atenção a problemas antigos da equipe

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Toda mudança no comando técnico de uma equipe, traz consigo um olhar de fora para diagnosticar problemas que aqueles que estão dentro não conseguem enxergar. E é exatamente isso que está acontecendo com a chegada de Pia Sundhage na Seleção Brasileira Feminina. Em seus primeiros treinamentos com as jogadoras, a sueca já buscou focar no aperfeiçoamento daquilo que ela observou como defeitos do time.

Em entrevista coletiva nesta terça-feira, no CT do São Paulo, Beatriz Zaneratto e Chu falaram do impacto que os treinamentos com Pia tem trazido ao grupo. Para a dupla, a filosofia de jogo mais focado na defesa é a principal alteração em relação aos comandos anteriores da Seleção.

- O trabalho dela está sendo muito bom, deu para perceber um pouco que ela gosta muito do esquema defensivo, e isso a gente está adaptando, ela tem uma filosofia nova de trabalho e tem sido muito bom, o dia foi bastante produtivo e eu acredito que só tem a melhorar - declarou Chu.

- Acho que isso contribui para a gente, ela vem com um novo estilo, isso só agrega o que ela traz de fora para a gente, essa intensidade que ela impõe sobre marcação, sobre não ser só atacar, mas defender também. Acho que é esse conjunto que vai fazer com que a gente consiga bons resultados, porque às vezes o que a gente tem falhado, ser muito vertical e na recomposição a gente falha, a gente peca, então ela vem bem focada nisso e eu acredito que vai fazer diferença - corroborou Bia.

Algo que se tem notado bastante nos treinamentos de Pia Sundhage é o trabalho dela com as jogadas de linha de fundo e o cruzamento rasteiro para trás, buscando a finalizadora melhor posicionada. De acordo com Chu, foi uma "deficiência" que a treinadora identificou ao analisar a Seleção Brasileira e tem tentado aperfeiçoar o fundamento nesses primeiros dias com o grupo.

- Durante a partida a gente tem bastante bola no ataque e muitas vezes a gente chega com bastante qualidade no fundo, mas a gente acaba pecando nesse último passe para trás, que é quando a gente vai matar o jogo. Então essa bola para trás é uma bola muito boa, e muitas vezes a gente chega no fundo bem posicionada, a gente tende a fazer uma bola alçada na área, e ela quer uma bola no chão, para que a gente chegue com mais equilíbrio para a finalização - explicou a meia-atacante que atua no futebol chinês.

O Brasil estreia nesta quinta-feira no Torneio Uber Internacional de Futebol Feminino, contra a Argentina, às 21h30, no Pacaembu. Caso triunfe no duelo, enfrentará o vencedor de Chile x Costa Rica na final da competição, no próximo domingo, às 13h, no Pacaembu, caso perca, disputa o 3º lugar às 10h30.

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