Casemiro explica como tem lidado com a responsabilidade de ‘tiozão’ na Seleção Brasileira
Jogador também falou sobre a relação com a comissão técnica liderada por Fernando Diniz
Casemiro definitivamente assumiu a braçadeira de capitão da Seleção Brasileira com o técnico Fernando Diniz. Aos 31 anos, o volante do Manchester United (ING) é um dos atletas mais experientes de um elenco brasileiro que passa por um processo de renovação, após a Copa do Mundo de 2022, no Qatar.
Mesmo com a responsabilidade de ‘tiozão’ para os mais jovens, o meio-campista destacou que aprende constantemente, independentemente da idade. Ele ainda relembrou o período de sete temporadas onde defendeu o Real Madrid (ESP) se tornando um dos melhores atletas do mundo na sua posição.
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– Você acaba sempre precisando de ajuda, pedindo opiniões, ninguém é perfeito. Na carreira do jogador, independente da idade dele, ele está aprendendo coisas novas, isso é importante.Muitas pessoas falam e comigo não é diferente, faço psicólogo, converso com outros jogadores, no Real Madrid tive essa experiência. O jogador está sempre aprendendo, seja com 20, 30, 40, coisas boas para fazer e ruins para não fazer. Precisa sempre estar com a mente aberta – destacou o jogador durante a entrevista coletiva antes do duelo contra a Venezuela, pela terceira rodada das eliminatórias sul-americanas para o próximo Mundial, que será disputado em 2026.
Casemiro falou especificamente do meio-campo, setor em que atua. Nos ciclos anteriores, ele teve outros parceiros, como os citados Paulinho e Renato Augusto, que hoje estão no Corinthians. Atualmente, Bruno Guimarães, do Newcastle (ING), tem figurado como um dos homens da parte central brasileira.
- Depois que saíram Renato e Paulinho, tive bastante companheiros, cada um com sua característica. Recentemente, o Bruno é um jogador que vem fazendo um trabalho excepcional no Newcastle. A cada treino e a cada jogo estou mais confortável com ele. É um grande jogador, que vem demonstrando isso na competição mais difícil do mundo. Não cabe a mim determinar com quem vou jogar. Mas é claro que quando você joga mais tempo com um jogador tem uma adaptação maior. Aqui você não tem muito tempo para treinar, treinamos ontem, hoje e amanhã já temos um jogo difícil – ressaltou o volante.
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PAPOS COM DINIZ
O camisa 5 da Amarelinha também revelou que passa instruções para a comissão técnica, principalmente sobre referências dos períodos anteriores.
– São mais de oito anos. Em 2018, era uma seleção que o Tite pegou querendo resgatar, não estávamos no grupo de classificação. Não tinha um leque de tantos jogadores. Na seguinte Copa já tínhamos um leque maior, é importante falar isso. Agora, que somos seis mais um que se classificam, nesses jogos vai dar para observar mais. O treinador é novo, estamos tentando encaixar o mais rápido possível, não fizemos mais de dez treinamentos. Isso leva tempo. Em clubes leva meses. Na seleção estamos tentando com vídeos. Agora que temos esse maior número de seleções que se classificam, dá para aumentar esse leque de jogadores. Tudo o que é feito de bom e até de ruim a gente tenta passar para a comissão – falou o meio-campista, que também revelou as instruções que tem recebido do novo treinador.
– O Diniz pede para eu tocar na bola sempre, a bola passar no meu pé, comandar o jogo, jogar num ritmo para frente, para o lado, tentar passar a bola sempre no pé. Cada treinador tem a sua característica, mas os princípios do futebol são os mesmos. Um treinador é mais vertical, outro gosta mais de posse de bola. Uma das coisas que eu mais gostei com o Diniz é que ele pede que a bola passe bastante no meu pé, fico feliz por isso.
SONHO DE 2026
Quando a próxima Copa do Mundo for disputada, Casemiro estará com 34 anos. De toda forma, ele não esconde o desejo de se manter em alto nível para estar no próximo Mundial.
– O mais importante é você fazer o seu melhor, e o treinador saber quem está melhor e quem corresponde no dia a dia. Às vezes, 90 minutos não corresponde ao dia a dia do jogador. Eu me vejo bem, me preparo. É claro que é inevitável não pensar em Copa do Mundo quando se está na Seleção, mas eu tenho objetivos, como jogar bem contra a Venezuela, jogar bem contra o Uruguai. Cada um vê de uma maneira.
A Seleção Brasileira, com Casemiro, entrará em campo nesta quinta-feira (12), contra a Venezuela, pela terceira rodada das Eliminatórias. O Brasil terá a Arena Pantanal, no Mato Grosso, como casa, e quer manter o 100% de aproveitamento conquistado com duas vitórias nos primeiros jogos, contra Bolívia e Peru.