Caso de polícia! Presidente interino da CBF faz Boletim de Ocorrência por crime virtual
Pessoa se passa por Ednaldo Rodrigues, entra em contato com dirigentes e faz proposta falsa. Interlocutores relatam reconhecer voz de Marco Antônio Teixeira, aliado de Caboclo
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O impasse sobre o poder na CBF teve desdobramentos também na polícia. O presidente interino da entidade, Ednaldo Rodrigues, registrou nesta semana um Boletim de Ocorrência no qual informou que foi vítima de um crime virtual. Indevidamente, uma pessoa usou a foto do mandatário em uma conta de WhatsApp para, tentando se passar por Ednaldo, entrar em contato com dirigentes de federações estaduais.
Após um contato por meio de mensagem, havia uma ligação por voz no qual a pessoa pedia um número de conta corrente para fazer depósito bancário. De acordo com o "GE", interlocutores notaram que não se tratava de Ednaldo Rodrigues e encerraram as ligações.
- Usaram uma foto de quando eu era presidente da federação (Bahiana). Disseram que colocariam dinheiro na conta dessas pessoas para votar contra o Rogério (Caboclo). Não sei o que essa pessoa quer com isso - disse.
A Assembleia Geral da CBF, formada pelos 27 dirigentes das federações estaduais, se reunirá para definir qual é a punição de Rogério Caboclo (acusado de assédio moral e sexual).
Um dirigente contatado afirmou que reconheceram a voz que estava do outro lado: o ex-secretário-geral da CBF, Marco Antonio Teixeira, atual aliado de Rogério Caboclo. Outro dirigente disse que tinha salvo o número como "Marco Antônio Teixeira" desde que ele estava na entidade. Teixeira e Caboclo negaram envolvimento no caso.
Alertado, Ednaldo Rodrigues avisou aos dirigentes sobre a tentativa de golpe e recebeu mensagens de solidariedade. Além disto, citou que Marco Antonio Teixeira possa ter feito contato a mando do presidente afastado da entidade, Rogério Caboclo.
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O tio de Ricardo Teixeira (com quem é rompido) já foi visto no mesmo hotel onde os presidentes das federações estaduais se hospedam no Rio, onde advogados e assessores de Caboclo também ficam hospedados.
Ednaldo Rodrigues não citou os nomes de Marco Antonio Teixeira nem de Rogério Caboclo no Boletim de Ocorrência. Ele disponibilizou apenas o número do qual partiram as mensagens e ligações, além das imagens com sua foto indevidamente usada.
- Eu não posso afirmar que foi o Marco Antonio Teixeira, mas algumas pessoas afirmaram que sim. Eu registrei a ocorrência, levei para a polícia todos os relatos que eu recebi – declarou.
A Comissão de Ética da entidade inicialmente havia sugerido uma punição de 15 meses para Rogério Caboclo. Porém, na semana passada, reconheceu o assédio e prorrogou o afastamento. Caboclo nega as acusações.
Em nota, a defesa do mandatário afastado afirma.
- O presidente da CBF, Rogério Caboclo, desconhece o caso narrado pela reportagem. E mais uma vez estranha que narrativas insólitas como essa surjam pouco antes da votação da Assembleia Geral. Caboclo esclarece que Marco Antônio Teixeira nunca trabalhou para ele. Não há entre ambos relação formal, nem de amizade, mas apenas uma identidade de pensamentos sobre a triste situação pela qual passa a CBF hoje com o golpe que está em andamento para tirar do cargo um presidente legitimamente eleito. O presidente da CBF é o maior interessado em que o caso seja investigado e cabalmente esclarecido pelas autoridades competentes.
Marco Antonio Teixeira também se manifestou por meio de nota ao "GE".
- Lamento profundamente que meu nome tenha sido envolvido nesse nebuloso episódio e nego veementemente minha participação em ação que classifico de gangsterismo, própria de banidos por corrupção e que querem dar o golpe na CBF. Todos que conviveram comigo na CBF sabem da minha ética e honra. Estou aguardando o B.O. para tomar medidas judiciais cabíveis.
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