Cinco meses sem treinador! Saiba até onde a CBF pretende ir para ter Carlo Ancelotti
Entidade máxima do futebol brasileiro está disposta a esperar o treinador terminar o contrato com o Real Madrid (ESP), mas busca acordo verbal
No dia 17 de janeiro, Tite foi até a sede da CBF, no Rio de Janeiro, para assinar a sua rescisão contratual. Desde então, a Seleção Brasileira não tem um treinador definido, o que completa cinco meses neste sábado (17), quando o Brasil enfrenta Guiné em amistoso realizado na Espanha. Assim como foi em março, na derrota para o Marrocos, a Amarelinha será dirigida por Ramon Menezes, técnico das categorias inferiores.
O motivo para que a Confederação Brasileira de Futebol ainda não tenha decidido quem será o novo treinador da Seleção tem nome e sobrenome: Carlo Ancelotti. O italiano, que dirige o Real Madrid, da Espanha, é a ‘menina dos olhos’ do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues. O comandante da entidade, inclusive, chefia a delegação brasileira na Europa, pois deseja ter um encontro presencial com Ancelotti para apresentar o projeto verde e amarelo para o profissional.
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A questão é que, ao fim da temporada europeia, Ancelotti curte as férias, e a possibilidade maior é de um encontro entre Ednaldo com representantes ou intermediários do treinador. Foram esses interlocutores, inclusive, que fizeram o meio de campo para que Carlo soubesse do interesse da Seleção Brasileira desde a saída de Tite. Porém, o italiano está focado em cumprir o seu contrato com o Real, que vai até o meio do ano que vem.
E até onde a CBF pode ‘esticar a corda’ para fazer deste ‘flerte’ um casamento, depende de Ancelotti. A entidade máxima do futebol brasileira está disposta até mesmo a esperar que o técnico cumpra o seu vínculo com a equipe espanhola e assuma a Seleção Brasileira somente no ano que vem. Mas para isso acontecer, o encontro presencial será fundamental, para que, pelo menos, um compromisso verbal seja firmado entre as partes e garanta que Carlo assumirá o comando da Amarelinha a partir do segundo semestre de 2024.
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Se Ancelotti se mostrar disposto a comandar a Seleção Brasileira após o término do seu contrato com o Real Madrid, até mesmo a possibilidade de contratar um interino indicado pelo italiano é levantada pela CBF, que também admite ser possível alçar Ramon para esse cargo e buscar um novo comandante para as categorias inferiores. Menezes, assim, faria parte da comissão do novo treinador exercendo a função de auxiliar.
Até aqui, Carlo Ancelotti é o plano de A a Z da CBF para comandar a Seleção. Outros nomes que circulam não são vistos como possibilidades concretas neste momento, pois não juntam todos os fatores procurados pela entidade máxima do futebol brasileiro, que deseja a contratação de um técnico com currículo, respeitado internacionalmente e que venha a agregar junto à diretoria da Confederação.
Jorge Jesus, por exemplo, que é a opção de mercado mais fácil no momento, já que deixou o comando do Fenerbahçe, da Turquia, no último fim de semana e estaria muito interessado em dirigir a Seleção, possui as ressalvas por conta do histórico temperamental que, na visão da CBF, poderia atrapalhar as relações institucionais. Esse perfil também afasta Abel Ferreira, do Palmeiras, da função, mesmo com o histórico vencedor do português no futebol brasileiro.
Opções que não são estrangeiras, como Fernando Diniz e Dorival Júnior, que também já foram discutidas internamente, não possuem a força e a popularidade buscada pela CBF após tanto tempo procurando um profissional para comandar a Amarelinha no ciclo até a Copa do Mundo de 2026, que será realizada nos Estados Unidos, Canadá e México.