Danilo vê seu patamar subir na Seleção e vira peça fundamental na Copa do Mundo
Lateral-direito passou a ser um ponto de segurança depois da desconfiança em relação ao seu futebol
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Nesta sexta-feira, a Seleção Brasileira disputa as quartas de final da Copa do Mundo do Qatar, fase em que enfrenta a Croácia buscando uma vaga na semifinal. Evidentemente a principal esperança do Brasil é Neymar, craque desta geração, mas há aqueles que ganham sua importância ao longo da competição, caso do lateral Danilo, que viu seu patamar mudar, e muito, neste período.
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Aos 31 anos, Danilo tem mais de 11 defendendo a Seleção. No entanto, apesar de contar com a admiração dos técnicos que passaram pelo comando da equipe, ele nunca foi unanimidade, talvez muito por ser um jogador com característica diferente daquela que os laterais brasileiros estabeleceram suas famas. Ainda assim, durante todo esse tempo, ele jogou somente por times gigantes na Europa: Porto-POR, Real Madrid-ESP, Manchester City-ING e Juventus-ITA.
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- Certamente ao longo dos anos eu entendia essa cobrança, esse gosto do brasileiro de contar com laterais extremamente ofensivos, que sejam opção no campo de ataque. Mas com o passar dos anos me adaptei ao futebol de diferentes maneiras, com diferentes escolas e treinadores. Percebi a necessidade de me adaptar. E funcionou - disse Danilo em entrevista coletiva.
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Na última Copa do Mundo, em 2018, quando estreou em Mundiais, acabou sendo prejudicada por duas lesões, e jogou apenas uma partida. No entanto, seguiu como homem de confiança de Tite e chegou para 2022 como titular. Mesmo sem ainda ter conquistado a torcida brasileira, ele começou a mudar seu status ainda na convocação do dia 7 de novembro, quando Daniel Alves foi anunciado como seu reserva. Dali em diante, o camisa 2 passou a ser fundamental aos olhos brasileiros.
Como Dani não vinha em boa fase, não jogava há algum tempo e está próximo dos 40 anos, houve uma grande desconfiança se ele poderia assumir a lateral direita em uma eventualidade. Quis o destino que uma eventualidade acontecesse e Danilo sofreu uma lesão no tornozelo logo no jogo de estreia do Brasil, diante da Sérvia, causando uma dúvida sobre sua continuidade na Copa.
Mesmo com Militão à frente da briga para ocupar o lado direito da defesa, havia um desespero com a ausência de Danilo, pois aumentava a possibilidade de Dani Alves jogar. Enquanto isso, o camisa 2 batalhava para se recuperar e voltar a atuar pela Seleção. Em pouco menos de dez dias, com sessões intensas de tratamento, ele retornou e ajudou o time de Tite a vencer a Coreia do Sul.
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E foi aí que ele ganhou ainda mais força na comissão técnica e perante o torcedor brasileiro, já que ele não atuou pela lateral direita, e sim pela esquerda. Isso porque os dois laterais convocados para a função estavam foram de combate e não poderiam atuar. Como Danilo já fez essa função em seus clubes, assumiu a vaga e foi muito bem, deixando boa impressão e garantindo seu espaço.
- Com seleção demorou um pouco mais (a adaptação), mas eu costumo dizer sobre inteligência cristalizada, a capacidade de focar realmente no que importa no momento. Claro que é importante ter o reconhecimento do torcedor brasileiro, o afeto, nós trabalhamos para isso. Mas durante a minha carreira tive que escolher, focar nas críticas ou no meu desenvolvimento como jogador, em amadurecer de forma tática e técnica para continuar jogando em alto nível - declarou o lateral.
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Agora, diante da Croácia, Danilo deve ser novamente escalado para atuar pela lateral esquerda, uma vez que Alex Sandro ainda não teria condições de jogo. E o camisa 2 vai mais uma vez a campo com status de segurança defensiva e jogador confiável, essencial para a disputa de uma Copa do Mundo. Nesta sexta-feira, às 12h (de Brasília), no Estádio Cidade da Educação, passará por ele uma boa atuação da Seleção Brasileira em busca de uma vaga na semifinal deste Mundial no Qatar.
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