David Luiz se emociona e admite medo com ataques terroristas
Zagueiro da Seleção Brasileira, que mora e joga em Paris, afirmou que está assustado e espera que terror passe logo. Técnico Dunga também lamentou a situação na França
Expulso no duelo contra a Argentina, o zagueiro David Luiz apareceu abatido na zona mista do vestiário do Monumental de Núnez, em Buenos Aires, após o empate do Brasil por 1 a 1 com a seleção hermana, pelas Eliminatórias da Copa de 2018. O motivo, porém, foi além das quatro linhas. O jogador do Paris Saint Germain (FRA) ficou com os olhos marejados e segurou o choro para comentar sobre o atentado terrorista que ocorreu em Paris, cidade em que vive, nesta sexta-feira, que já tinha saldo de ao menos 120 mortos até o início da madrugada deste sábado.
- Estou muito triste com tudo isso. Que Deus possa confortar o coração das pessoas que perderam familiares e que isso possa passar logo - disse.
- Conhecia os lugares. Falei com minha namorada e os familiares após o jogo. Só soube depois do jogo. A gente fica assustado, com medo, espero que isso termine logo. Já tinha acontecido isso ano passado, fico com medo mesmo - afirmou o camisa 4 da Seleção.
Nesta sexta-feira, ataques simultâneos em diversos pontos da cidade da França provocaram um sentimento de terror mundial. Tiroteios e explosões ocorreram em uma famosa casa de shows, bares, restaurantes e até mesmo nas proximidades do Stade de France, no momento em que França e Alemanha disputavam um amistoso - o barulho da bomba foi ouvido por todos no estádio.
Antes da partida, o árbitro paraguaio Antonio Arias pediu um minuto de silêncio em homenagem às vítimas dos ataques terroristas. Os jogadores da Seleção admitiram que não entenderam nada na hora e foram informados do ocorrido somente após a partida, através de mensagens de familiares e amigos.
Em sua coletiva, o técnico Dunga também lamentou os ataques terroristas e a atitude das pessoas no mundo.
- O minuto de silêncio não é importante. Ele é triste. Importante são as vidas das pessoas que se foram. Essa é a verdadeira ideia. Foi tudo muito rápido, a gente não sabe das notícias direito e nem temos o que pensar. É um fato muito triste. Vivemos em um mundo onde as pessoas estão cada vez mais egoístas, pensam individualmente em vez de tentar entender os outros e conviver com as diversidades econômicas, políticas e sociais - analisou.