Esquema de Tite na Seleção faz Filipe Luís voltar às origens aos 33 anos
Técnico instruiu tanto ele quanto Daniel Alves a participarem da construção de jogadas por dentro, não apenas pelos lados do campo. Lateral começou a carreira atuando no meio
Aos 33 anos, Filipe Luís vê na Copa América a chance de voltar às origens de sua carreira, graças ao esquema de Tite na Seleção Brasileira. Com os velozes David Neres e Richarlison abertos no ataque, o técnico conta tanto com o lateral-esquerdo quanto com Daniel Alves para participar da criação de jogadas, não apenas pelos lados.
Isto significa que a dupla tem liberdade para atuar pelo centro do campo, usando os garotos na frente. Nos amistosos pré-Copa América, contra Catar e Honduras, esta estratégia mostrou ser promissora.
- O Tite quer que a gente ajude na construção, jogue mais por dentro, para ajudar a organizar, não permita contra-ataques e eu adoro jogar assim. No meu início no juvenil e nos primeiros anos de profissional eu era meia, então me sinto cômodo assim. Prefiro jogar até mais por dentro do que por fora. Jogar assim dá mais estabilidade, podemos achar as linhas de passe, porque no meio tem o passe entre linhas e o passe para jogadores por fora. O time fica mais estável jogando desta forma - analisou o camisa 6.
- Como temos jogadores (de ataque) taticamente agudos dos lados, às vezes eles vão para dentro conforme o desenho. Os laterais são mais passadores, e os dois têm a virtude (de jogar assim). Eles podem dar o passe aos jogadores mais avançados - afirmou Tite, após a vitória por 7 a 0 sobre Honduras.
Dois dos jogadores mais experientes desta Seleção, Filipe e Daniel Alves, de 36 anos, terão papel importante na busca por um título que o Brasil não conquista desde 2007. Animado com a chance de ganhar sua segunda taça pela equipe (já foi campeão da Copa das Confederações em 2013), o lateral-esquerdo diz que a idade é apenas um número.
- O Daniel tem 36, mas parece um menino. Temos de julgar os jogadores pelo que fazem no campo, não pela idade. Eu ganhei a Copa das Confederações em 2013, então ganhei um título com a Seleção. Quero escrever meu nome na história da Seleção com mais títulos. Se for nesta Copa América, maravilhoso. Não penso no (Mundial do) Catar (em 2022), penso que esta competição é uma chance grande que temos de ganhar em casa, na frente da nossa torcida. Nunca pensamos em fazer parte de uma geração fracassada, é uma nova oportunidade de fazer história com a camisa da seleção - encerrou Filipe.