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‘Hipnose’: como Tite terá de usar seu poder já na primeira semana de Copa

Embora entrevistas tenham sido contidas, jogadores da Seleção Brasileira se irritaram com polêmicas da estreia e força mental do técnico terá de entrar em ação: 'É o cara certo'

Seleção Brasileira retornou a Sochi e já está se preparando para o jogo contra a Costa Rica, na sexta-feira
(Foto: Lucas Figueiredo/CBF)

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Dos pontos altos da Seleção Brasileira de Tite, a força mental sempre esteve em destaque. É uma tecla que o treinador sempre bate, discurso que é repetido pelos jogadores. Passado o nervosismo da estreia, é justamente do treinador a missão de manter o nível de concentração do grupo no máximo após um jogo em que os nervos saíram um pouco do controle. Tudo porque o empate com a Suíça, fruto de polêmicas envolvendo a arbitragem do mexicano César Ramos e o não uso do VAR, mexeu com os jogadores. 

Depois da partida, as entrevistas seguiram a mesma linha: pontuar a irritação e insatisfação com o arbitragem, mas, ao mesmo tempo, evitar colocar possíveis erros dos juiz como causa do tropeço. Afinal, há muito o que melhorar. Internamente, porém, a situação é outra: um choque natural pela estreia e frustração pelo enredo da partida. Tite pediu para que os jogadores não falassem da arbitragem após o jogo, mas a maioria não seguiu o roteiro. Neymar, Thiago Silva, Marcelo, Renato Augusto, todos opinaram sobre o gol da Suíça em que Miranda teria sofrido falta.

Mas, não há espaço para pânico. Na visão dos próprios jogadores, não há ninguém melhor do que Tite para manter o trabalho nos trilhos depois do susto inicial. Há uma preocupação para que o emocional não atrapalhe nos próximos - e decisivos - dois jogos para o Brasil, contra Costa Rica, nesta sexta-feira, e Sérvia, no próximo dia 27. E aí que tem de entrar a função de "hipnotizador", como o treinador é chamado internamente. 

- E isso não é uma das coisas que o Tite faz de melhor? (manter a concentração do grupo). Ele é o cara certo para isso. O Tite sempre passa isso, de estar mentalmente forte. Em um campeonato de tiro curto, isso é importante. Hoje, poderíamos ter perdido e a situação ser mais complicada - afirmou o meia Renato Augusto.

Há uma preocupação também com o comportamento de Neymar. O primeiro jogo mostrou que a tônica da Copa do Mundo deve ser o atacante sendo caçado. Ele sofreu dez faltas no jogo e reclamou disso após a partida. Também segurou muito a bola.

A Seleção Brasileira voltou aos trabalhos em Sochi nesta segunda-feira e volta a treinar nesta terça às 11h de Brasília. Tite já deve fazer uma atividade com o grupo completo, inclusive o recuperado Fred, e tentará fazer os ajustes táticos e técnicos que o time precisa. Mas o trabalho também será duro fora de campo, para que o tropeço no primeiro jogo não afete a cabeça dos jogadores.

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