Jornalistas de Equador e Peru analisam rivais do Brasil no Grupo B
Wilmer Molina, do jornal "La Hora", e Carlos Salinas, do "Diário Líbero", falam como chegam os países que serão adversários da Seleção na fase de grupos da Copa América
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Quando o sorteio para edição centenária da Copa América, que começa nesta sexta-feira nos Estados Unidos, foi realizado, muitas pessoas apontaram a chave do Brasil como tranquila. Afinal, além do Haiti, candidato a saco de pancadas, a equipe do técnico Dunga teria Equador e Peru pela frente. Mas o que esperar dos rivais mais tradicionais do Brasil?
O LANCE! ouviu Wilmer Molina, do jornal equatoriano "La Hora", e Carlos Salinas, do peruano "Diário Líbero", para saber o que a Seleção, que sofre com uma série de cortes durante a preparação, além da ausência de Neymar, para os duelos da próxima semana.
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WILMER MOLINA (EQUADOR)
Equador não chega bem para a Copa América. A falta de regularidade segue como principal problema da equipe de Gustavo Quinteros. Depois de um início brilhante nas Eliminatórias, as coisas mudaram. A seleção se apresenta com os mesmos problemas das partidas contra Paraguai e Colômbia: falta equilíbrio na defesa (não se define se jogam Erazo e Achilier ou Erazo e Mina). Bollaños, do Grêmio, retorna depois da operação e Enner Valencia perdeu regularidade no West Ham.
Esse cenário ficou evidente no amistoso diante dos Estados Unidos, mesmo com os desfalques de Antonio Valencia e Ayoví. Podemos complicar o Brasil? Sim. A Seleção não causa o temor de antigamente. Mesmo com as deficiências no time equatoriano, há valores individuais que poderiam dar problemas aos brasileiros, apesar que não sei se teria influência no resultado final.
CARLOS SALINAS (PERU)
Peru chega para a Copa América em meio a uma mudança geral necessária. O terceiro lugar conquistado no Chile em 2015, assim como na Argentina em 2011, foram apenas miragens, pois o panorama nas Eliminatórias de 2014 e a atual voltou a ser o mesmo, cheio de fracassos que ajudam a aumentar os 30 anos de ausências em Mundiais.
Pizarro, Farfán, Vargas e Zambrano deram lugar a novos jogadores que tem o objetivo não só de repetir, como de melhorar o terceiro lugar das edições passadas da Copa América, além de ser parte de um processo que no fim de uma cara de sucesso ao futebol peruano.
A equipe de Ricardo Gareca chega aos Estados Unidos como a segunda mais jovem em média de idade do torneio (26 anos). Cuevas, Flores, Ruidíaz e Polo aparecem como as figuras que podem fazer a diferença em um complicado Grupo B. Todos eles estarão sob comando de Paolo Guerrero, a figura emblemática do goleador, apesar da sua má fase no Flamengo.
O Peru vai para a Copa América em busca de algo mais que uma simples medalha: quer mudar sua própria história.
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