LANCE! Espresso: não foi só o VAR que parou o Brasil contra a Venezuela

Não caiam no erro de dizer que o Brasil passou vergonha. Sim, jogando em casa, a Seleção tem a obrigação implícita de vencer a Venezuela. Mas o adversário em questão não é mais aquele saco de pancadas que as décadas passadas nos mostravam. É uma geração promissora, que tem hoje e sua seleção apenas dois jogadores que atuam no país. Bem organizada dentro de campo, zagueiros e volantes atentos o tempo todo, compensando o tímido setor ofensivo - o bom Soteldo, do Santos, só entrou nos minutos finais. E os venezuelanos ainda conseguiram a proeza de alcançar o quinto gol sofrido na Copa América anulados pelo VAR.

Voltando ao Brasil de Tite, o que se viu em Salvador (onde houve mais axé do que em São Paulo, como previsto por Daniel Alves, mas não o suficiente para evitar as vaias e os irônicos gritos de olé no final) foi um time bastante robótico. As peças rodavam em uma espiral bastante burocrática, só rompida após a entrada de Jesus Everton, que abraçaram a missão de abrir espaços com seus dribles. Se o nariz entortou após a vitória contra a Bolívia, o Brasil chegará para o jogo contra o Peru sob pressão ainda mais intensa. E de volta a São Paulo, onde a torcida parece ainda mais hostil. O favoritismo brasileiro já não é algo mais tão palpável.

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